Comportamento

Entenda a importância de tratar doenças oculares ainda na infância




Foto: Reprodução/Divulgação

Estrabismo, ambliopia e erros refrativos, como miopia e astigmatismo, são as doenças oftalmológicas mais comuns em crianças na fase escolar, além de alergias e conjuntivites sazonais. No entanto, podem ser corrigidas, e até revertidas, garantindo o desenvolvimento escolar, social e o bem-estar dos pequenos. Na maioria dos casos, é possível identificar algum problema, simplesmente, observando o comportamento deles.

Segundo o Dr. Fabio Pimenta de Moraes, especialista em oftalmopediatria e estrabismo do H.Olhos – Hospital de Olhos, o desenvolvimento visual acontece com maior intensidade até os 5 anos, e se completa por volta dos 7, 8. Por isso, é importante os pais ou responsáveis levarem as crianças periodicamente ao oftalmologista. “Nesta fase, o alerta é para o estrabismo, facilmente percebido. O problema é caracterizado pelo desequilíbrio na função dos músculos oculares, e causa um desalinhamento dos eixos visuais. O tratamento inicial envolve determinar e corrigir o grau de refração, podendo incluir o uso de tampão, e deve acontecer logo que for diagnosticado. Se não for tratada, a doença afetará o desenvolvimento correto da visão, privando a criança da capacidade de visão binocular (3D), e gerando a ambliopia, conhecida popularmente como olho preguiçoso.”

Entre os 8 e os 14 anos, a miopia, caracterizada pela dificuldade para enxergar objetos distantes, e o astigmatismo, para enxergar de perto e de longe, são as afecções mais frequentes. “Diferentemente do estrabismo, os erros de refração não são tão evidentes. Contudo, se a criança se aproxima ou se afasta dos objetos ou aperta os olhos para enxergar melhor, ou mesmo se desinteressa pelas atividades usuais, um especialista deve ser consultado”, destaca o médico.


Atenção à limpeza dos ambientes

No caso de alergias, os sintomas são mais claros. Os olhos ficam vermelhos, inchados, com secreção e coçam. Evitar excesso de tecidos que acumulem poeira, como cortinas, carpetes e bichos de pelúcia, forrar os travesseiros com capas impermeáveis, manter os ambientes arejados e com boa exposição solar, evitar animais domésticos dentro de casa, especialmente aqueles que soltam muitos pelos, são algumas das providências que ajudam na prevenção de crises.

Qualquer que seja o caso, o oftalmologista deve ser procurado. “Não havendo nenhuma suspeita, recomenda-se uma consulta aos 6 meses e, depois, anualmente. O importante é saber que a prevenção e o tratamento precoce garantem o desenvolvimento visual mais adequado”, conclui o Dr. Fabio Pimenta de Moraes.

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