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Autoestrada Lagoa-Barra é interditada após afundamento na Ciclovia Tim Maia




Rio de Janeiro - Trecho da Ciclovia Tim Maia, em São Conrado, desaba após forte temporal que atingiu a capital fluminense na madrugada de hoje (15). (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Trecho da Ciclovia Tim Maia, em São Conrado, desaba após forte temporal – Tomaz Silva/Agência Brasil

O temporal que atingiu na madrugada de quinta-feira (15), a cidade do Rio de Janeiro, provocou o fechamento da Autoestrada Lagoa-Barra, na zona sul da cidade, devido ao afundamento de parte da pista da Ciclovia Tim Maia, onde uma cratera de cerca de dez metros se abriu ao lado da via, em São Conrado. O trecho entre a Barra da Tijuca e São Conrado foi interditado pela prefeitura.

Segundo a Defesa Civil do município, técnicos do órgão e guardas municipais estão no local para evitar a aproximação de pessoas do local do afundamento. Não há registro de feridos.

Em abril de 2016, um trecho suspenso da ciclovia desabou ao ser atingido por ondas durante forte ressaca no mar, matando duas pessoas.

Sirenes

Durante a noite e a madrugada, foram acionadas 77 sirenes em 44 comunidades, de forma preventiva, por causa das fortes chuvas. As comunidades integram as regiões de Jacarepaguá, Grande Tijuca e Zona Norte. Segundo o Centro de Operações Rio (COR), os moradores receberam orientação de agentes comunitários e da Defesa Civil Municipal para se deslocarem até os pontos de apoio.

“Os equipamentos são acionados a partir do registro de 55 mm de chuva, no período de uma hora, o que pode deixar a encosta vulnerável a deslizamentos. Mesmo antes do toque das sirenes, as lideranças comunitárias treinadas pela Defesa Civil já haviam informado os moradores sobre a possibilidade de evacuação”, informou o centro de operações.

As sirenes foram instaladas após mapeamento feito pela Fundação Instituto Geotécnica – a Geo Rio – que identificou os pontos de alto risco de deslizamentos nas comunidades.

O Centro de Operações Rio informou que o temporal impactou, principalmente, bairros das zonas Norte e Oeste do Rio. Em Jacarepaguá, entre as 17h de ontem e as 2h de hoje choveu quase 150% da média esperada para todo o mês de fevereiro. Nas regiões da Barra/Riocentro e de Piedade, a precipitação foi equivalente a 126% da média de fevereiro. A média, na cidade, foi de 75% do esperado para o mês.

Segundo a Subsecretaria de Defesa Civil, que integra a estrutura da Secretaria de Ordem Púbica (Seop), até as 10h30 de hoje (15), foram registradas 345 ocorrências. A Guarda Municipal, que é parte da Seop, atua hoje com 400 agentes para minimizar os transtornos causados por alagamentos, bolsões de água, quedas de árvores e outros bloqueios em vias, além de semáforos apagados por falta de energia.

Técnicos foram para o Complexo do Alemão verificar a situação, já que há informação de várias casas danificadas pelas chuvas. Segundo balanço divulgado no fim da manhã, a prefeitura ainda acompanha 19 ocorrências de quedas de árvore, quatro interdições por bolsão de água, um deslizamento de muro em Piedade, uma queda de muro em Cascadura e duas quedas de poste, sendo uma na Ilha do Governador e a outra em Vila Valqueire.

Estágio de atenção

A cidade entrou em “estágio de crise” pouco depois da meia-noite, e retornou ao “estágio de atenção” às 5h30, segundo o Alerta Rio. A previsão, para o dia, é de áreas de instabilidade e predomínio de céu nublado, com condições para ocorrência de pancadas de chuva isoladas a qualquer hora do dia.

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