O governo brasileiro vai disponibilizar medicamentos e alimentos para a população da Venezuela. Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, a ajuda será disponibilizada nas cidades de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, e em Boa Vista, ambas em Roraima. A ideia é que os alimentos e remédios sejam recolhidos por caminhões venezuelanos, conduzidos por cidadãos venezuelanos, que vão cruzar a fronteira para levar a ajuda.
A ajuda humanitária conta com a participação da Casa Civil da Presidência da República, dos Ministérios da Defesa, da Agricultura, da Cidadania, da Saúde e do Gabinete de Segurança Institucional, entre outros. A pedido de Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela há quase um mês, vários países se uniram para enviar alimentos, medicamentos e gêneros de primeira necessidade.
A decisão do governo brasileiro de ajudar o país vizinho com mantimentos foi tomada após reunião entre a cúpula dos três Poderes da República, no Palácio do Planalto. Os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) estiveram no Planalto com o presidente Jair Bolsonaro. Também participaram da reunião os ministros Fernando Azevedo (Defesa), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Guaidó coordena a distribuição de doações na Venezuela e pretende fazer um evento no próximo dia 23, quando faz um mês que está como “presidente encarregado”. No entanto, o presidente Nicolás Maduro impede a entrada da ajuda humanitária, colocando contentores na fronteira com a Colômbia, sob a alegação que há uma orquestração para desestabilizá-lo.
O Brasil foi um dos primeiros países na América Latina a reconhecer o governo interino de Guaidó. O presidente Jair Bolsonaro prometeu apoio político e econômico ao processo de transição “para que a democracia e a paz social voltem à Venezuela”. Mesmo com a possibilidade de ver o acesso dessa ajuda à Venezuela impedido pelos apoiadores de Maduro na fronteira, o governo brasileiro não pretende levar, por conta própria, os mantimentos ao país vizinho. A ideia é respeitar a soberania da Venezuela.
Fonte: Agência Brasil