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Pinterest bloqueia buscas sobre vacinas para evitar desinformação




A rede social Pinterest anunciou um bloqueio em pesquisas sobre vacinação e termos similares, numa tentativa de frear a disseminação de desinformação na plataforma. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma busca pelas palavras “vaccine” ou “vaccination”, por exemplo, não gera resultado algum.

O movimento vem para conter a invasão de imagens e textos que desaconselhavam a conduta médica principalmente em crianças. Segundo o Pinterest, em comunicado oficial sobre a decisão, os esforços de moderação se mostraram infrutíferos diante da quantidade de informações falsas postadas, o que levou à suspensão das pesquisas relacionadas como uma forma de controlar o discurso e evitar que a campanha de desinformação seguisse adiante.

Limitações nas pesquisas já vinham acontecendo desde o final do ano passado como forma de contornar o problema. O banimento completo, entretanto, é temporário e deve permanecer ativo enquanto a empresa busca estratégias melhores para lidar com o que chamou de conteúdo “poluidor”. A suspensão atinge os países falantes do inglês, já que, no Brasil, por exemplo, ainda é possível encontrar resultados relacionados a palavras como “vacina”. Não se vê, ao mesmo tempo, informações falsas ou que desaconselhem isso.

Por outro lado, de acordo com a rede social, a publicação de conteúdo sobre vacinação ainda é permitida, assim como ainda é possível favoritar material sobre o assunto, o que pode levar a outras sugestões similares. O Pinterest não disse quais passos serão tomados daqui em diante nem falou na suspensão de usuários pela postagem de conteúdo dessa categoria, afirmando apenas que novas medidas serão reveladas no futuro próximo.

A disseminação de publicações antivacinação já chamou a atenção das autoridades. Nos Estados Unidos, o congressista Adam Schiff publicou uma carta aberta ao Facebook e à Google pedindo mais cuidado quanto à disseminação de conteúdo contra a prática, que cada vez mais representa uma questão de saúde pública e pode trazer de volta doenças consideradas extintas.

As duas empresas disseram terem tomado atitudes que envolvem alterações em algoritmos de sugestão e a preferência a fontes reconhecidas em temas sobre saúde pública. Além disso, no YouTube, vídeos falando contra as vacinas estariam tendo sua relevância reduzida, aparecendo menos em sugestões ou resultados de pesquisas.

Fonte: Canaltech

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