Ciência & Tecnologia

Empreendedorismo: como a internet pode ajudar no crescimento de novos negócios




O empreendedorismo ganha mais espaço no imaginário do brasileiro, em especial por causa da crise econômica que afeta o nosso país. Todos lamentamos recentemente batermos mais uma vez o recorde de desempregados no Brasil. Porém, vemos com entusiasmo cada vez mais ideias inovadoras saindo do papel. Prova disso é um levantamento feito pela empresa Unitfour, que aponta para um crescimento de 20% no número de empresas abertas em 2016 na comparação com o ano anterior. O levantamento, que aborda pequenos empreendimentos e microempresas, mostra como o brasileiro não se intimida com a situação do país e busca oportunidades próprias e novos desafios. Para empreender, entretanto, não basta intenção ou boa vontade somente. As boas ideias e as iniciativas inovadoras são essenciais para que um novo negócio saia do papel ou da cabeça de cada um e seja colocado em prática. A área em que se pretende atuar, por exemplo, vai fazer a diferença do negócio que uma pessoa ou um grupo de pessoas pretende empreender.

O mercado de tecnologia, em especial o de smartphones, é um exemplo de setor de grande concorrência, principalmente por causa da alta tecnologia apresentada por empresas gigantes no setor e que se expandiram da Ásia e Estados Unidos para outros países do mundo. Com isso, empreender nesse setor sem mostrar novidades regularmente e acompanhar tendências pode trazer resultados insatisfatórios ou mesmo inexpressivos, como os que levaram ao retorno de uma fabricante asiática recentemente à China, após poucos meses de atuação no Brasil. Para ter sucesso aqui, é imprescindível conhecer o brasileiro, sem falar das especificidades políticas e tributárias do nosso país.

Sem dúvida, atualmente, vender pela web tem se mostrado a melhor opção quando o assunto é o comércio de produtos eletroeletrônicos, incluindo smartphones. Para quem pensa em crise, os números mostram o contrário. De acordo com os dados divulgados pela Ebit em seu relatório Webshoppers, o faturamento de 2016 no e-commerce cresceu 7,4% em relação a 2015, passando de R$ 41,3 bilhões para R$ 44,4 bi. E mais: o número de consumidores ativos neste tipo de vendas cresceu 22%, de 39,14 milhões para 47,93 milhões.

No entanto, o cenário favorável não basta se o empreendedor ignorar alguns pontos-chave. Em primeiro lugar, em muitos casos, a página de vendas é o único contato do público com seu produto. Por isso, é importante fazer o melhor que puder. Pensar em uma loja virtual com design convidativo e condizente com o que se faz, passando por fotos e vídeos ilustrativos, tanto na versão web como na mobile, são elementos que podem fazer a diferença. Outra situação importante é a informação. Como o cliente não está na loja, diante de uma equipe de vendas treinada, ele só vai saber tudo que o seu produto tem e pode tomar decisões acertadas se apresentar informações claras e objetivas. Também é fundamental saber que o cliente fará comparações. O consumidor é exigente e, com a praticidade de comprar pela internet, ele ficou ainda mais, afinal, é possível comparar características de dois ou mais produtos e seus respectivos preços do conforto de casa ou do escritório. Então, acostumar-se com o produto sendo comparado com outros mais caros e mais baratos, de diferentes perfis, deve fazer parte da rotina do empreendedor.

Na hora da compra, todo cliente fica satisfeito em saber que pode optar tanto pela praticidade do cartão de crédito quanto um meio mais convencional, como o boleto bancário, por exemplo. Por isso, vale a pena investir na diversificação da forma de pagamento. Por último, e igualmente fundamental, está o relacionamento com os potenciais consumidores por meio das redes sociais. Saber trabalhar SEO (Search Engine Optimization) é imprescindível. A sigla de nome complicado nada mais é do que a forma como as pessoas encontram seu site por meio de buscas na web. Portanto, trabalhe bem nas palavras-chaves e diversifique nas descrições de produtos para ser encontrado com mais facilidade.

A Quantum – marca brasileira de dispositivos móveis – nasceu e cresceu com base no e-commerce, formato de venda bastante difundido por marcas de tecnologia em outros países do mundo. Apesar de jovem, é um case de sucesso no Brasil e permanece forte nesta linha de investimento. E estas cinco questões que aprendemos na teoria e vemos dar resultados práticos em nossos quase dois anos de mercado podem ser determinantes no andamento de um negócio para os novos empreendedores, que buscam ter como base o comércio pela web. Agora, você já sabe por onde começar!


*Marcelo Reis é diretor da Quantum

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