Ciência & Tecnologia

De disquete a SSD: veja a evolução no armazenamento de dados




Quem não se lembra dos extintos disquetes? Os discos de 1,44 MB, que antes transportavam diversas informações, não suportariam mais nem uma foto tirada com um celular de hoje.

De 20 anos para cá, os avanços tecnológicos exigiram que as mídias em que armazenamos e transportamos informações se reinventassem. “Ao mesmo tempo em que evoluímos em capacidade, também evoluímos em velocidade, passando de bytes por segundo até centena de megabytes por segundo”, explica Iuri Santos, especialista do Grupo de Recursos Tecnológicos da fabricante de componentes de informática Kingston.

Entenda como os sistemas de armazenamento avançaram em desempenho e velocidade ao longo do tempo.

Disquete
Os disquetes possuíam uma mídia magnética e tinham uma lógica de funcionamento semelhante à de um disco rígido – a diferença é que o motor ficava no drive.

Eles evoluíram com o tempo, reduzindo seu tamanho e aumentando a capacidade. No final dos anos 80, o disquete chegou a uma capacidade de 1,44 MB, um avanço para a época. Mas aos poucos o custo e desempenho se tornaram desvantajosos em comparação com as mídias óticas graváveis e regraváveis.

CD e DVD
O armazenamento em CDs e DVDs registra as informações gravadas por laser na superfície do disco. Com capacidade de armazenamento de até 700 MB, os CDs armazenam todo o tipo de informação, ganhando uma função de dispositivo de backup. Já os DVDs foram criados alguns anos depois, com capacidade de 4,7 GB de espaço. “O custo relativamente baixo para esse volume de informação acabou transformando os disquetes em coisa do passado”, comenta Iuri.

Cartão de memória
Os cartões de memória apareceram no final dos anos 90. Eles contêm memória flash NAND, não volátil, podendo armazenar informações por anos, sem ser sensíveis a arranhões ou problemas com vibração, movimento e impacto dos equipamentos onde estão instalados. Com isso, se tornaram a mídia mais segura para operações em dispositivos móveis, como câmeras e celulares. Com a evolução da tecnologia NAND, os cartões de memória ficaram cada vez mais rápidos e duráveis.

Pen drive
O pen drive dispõe da conexão USB (universal serial bus) que hoje está presente na maioria dos equipamentos modernos, como TVs, celulares, computadores e até impressoras. Cada unidade de armazenamento dessas é projetada para um fim específico. “Temos unidades projetadas para o uso casual, para transporte com segurança, unidades para grandes volumes de informação, entre outros”, explica Iuri.

Disco rígido
O armazenamento em disco rígido é baseado em uma mídia magnética na qual a informação é lida e gravada magneticamente na superfície do disco.

Hoje, os HDs ainda são responsáveis por grande parte do armazenamento de dados, mas existe uma limitação de desempenho e velocidade. Suas fragilidades tecnológicas vêm fazendo com que ele perca cada vez mais espaço entre as mídias de armazenamento atuais. “A questão da longevidade dessa tecnologia é uma grande variável. Ela precisa continuar crescendo em capacidade ao longo dos anos e de maneira mais rápida que a tecnologia NAND para não entrar em obsolescência”, reflete Iuri.

SSD
O SSD é composto por memória NAND, assim como os cartões de memória e pen drives. A diferença entre eles é que o patamar de desempenho é outro e a longevidade dos chips utilizados, também. Com isso, o SSD se tornou uma opção competitiva – com vantagens de velocidade e durabilidade – frente aos HDs tradicionais.

As informações são gravadas diretamente na memória, porém de forma gerenciada pela controladora do SSD. Ela será responsável por todas as operações internas que tornam os SSDs atuais mais confiáveis do que os primeiros que chegam no mercado, na década passada.

A forma com que o “cérebro” do SSD trabalha impacta diretamente no desempenho e na durabilidade da unidade. “O SSD, hoje, é vantajoso em qualquer computador”, comenta Iuri. “O custo não é mais um problema. Ele se torna um upgrade barato para quem ainda não possui. E quem já o utiliza passa a ver como os sistemas sem SSD são muito menos ágeis”, acrescenta.

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