Ciência & Tecnologia

Engenheiro ganha mais de mil promoções no Twitter com programa criado por ele




Hunter Scott

“Essa é a história de como desenvolvi um programa para o Twitter para participar automaticamente de promoções e de como acabei ganhando, em média, quatro promoções por dia, todos os dias, durante nove meses.”

Assim começa o relato de Hunter Scott, engenheiro formado pela Instituto de Tecnologia da Georgia (Georgia TEch), nos Estados Unidos.

Scott inventou um programa com a linguagem de programação Python para participar de todos os concursos no Twitter sem gastar seu tempo com retuites.

Nas redes sociais, é comum que empresas ofereçam prêmios aos usuários que retuitam alguma de suas postagens.

Scott queria saber se esses concursos eram confiáveis e se alguém realmente ganha os prêmios.

Hunter Scott

Objetivo

“Não sei se alguém tinha feito isso antes”, diz em seu site.

“O que tinha certeza é que pessoas reais fazem o trabalho do meu programa manualmente, retuitando centenas de promoções durante horas.”

O engenheiro explicou que o mais difícil foi conseguir que o Twitter não proibisse seu “robô” (bot, em inglês, diminutivo de robô: um programa que simula uma atividade humana).

A rede social tem limitações que evitam que o usuário possa tuitar com muita frequência, ou de forma muito agressiva.

Como essas limitações não são públicas, Scott teve que descobrir quais eram em um processo de tentativa e erro.

O Twitter também limita o número de pessoas que o usuário pode seguir se ele mesmo não tem muitos seguidores, o que foi um obstáculo para o projeto.

Scott, ou melhor, seu programa, conseguiu participar de 165 mil promoções em nove meses.

Dessas, ganhou cerca de mil.

E quais brindes ele conseguiu?

Grande parte consistia em logotipos e gráficos, ou seja, imagens para utilizar em jogos ou em seu perfil de YouTube.

Scott conta que outra grande parte foram entradas para eventos. Mas ele não foi à maioria deles – foram realizados muito longe de sua casa.

Ele também ganhou, entre outras coisas:

  • Uma camiseta com o nome de um guarda-costas da banda BackStreet Boys, que ele abriu mão porque não é fã do grupo
  • Uma lata de “desinfetante com fragrância” que ele nunca recebeu porque mora nos EUA e a empresa, que fica no Reino Unido, não fazia entregas em outros continentes
  • Ingressos para um espetáculo de drag queens em Kansas City
  • Uma entrada para uma conferência sobre “Riqueza Dinâmica” na África do Sul
  • Uma camiseta de uma rádio australiana

Mas ele se divertiu no processo de receber os prêmios.

“Receber coisas misteriosas no correio a cada dia foi muito divertido”, disse.

Seu brinde favorito foi um chapéu de cowboy autografado pelos atores de uma novela mexicana da qual ele nunca havia ouvido falar.

O prêmio mais valioso foi uma viagem para a semana da moda de Nova York. Incluía uma limousine e US$ 500 para gastar com um acompanhante.

Mas ele não aproveitou o prêmio. “Não moro perto de Nova York” e também “não queria pagar os impostos associados” ao prêmio, diz.

Por isso, ele acabou não reclamando a maioria dos prêmios. Mas escreveu para as empresas pedindo que eles fossem entregues a outras pessoas que participaram da promoção.

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