Mundo Tech

Fake news no WhatsApp relaciona desastre de Brumadinho com ataque terrorista




Durante o final de semana, um rumor começou a circular no WhatsApp de que a tragédia que ocorreu com o estouro da Barragem de Brumadinho foi na verdade um ataque terrorista. Mas, assim como a grande maioria dos boatos que circulam pelo WhatsApp, esse também é falso.

A falsa notícia dizia que a Polícia Federal havia prendido na cidade de Itaguará (68km de Brumadinho) um venezuelano e um cubano, que tentaram fugir em alta velocidade e trocaram tiros com os policiais. A notícia falsa dizia que o venezuelano possuía ligação com as FARC, e o cubano era um instrutor da polícia secreta de Fidel Castro, e que ambos faziam parte de células terroristas existentes dentro do país, com o objetivo de promover atentados contra estruturas pertencentes às atividades de exportação brasileiras, aumentando a crise econômica e sabotando o plano de abertura proposto pelo ministro Paulo Guedes.

Em um comunicado enviado nesta segunda-feira (28), a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) divulgou uma nota de esclarecimento afirmando que a notícia não passa de invenção, que não ocorreu nenhuma prisão de estrangeiros na região de Brumadinho e que não há nenhum indício de que o estouro da barragem tenha se tratado de ato terrorista.

Ao invés de procurar terroristas, o que a polícia tem investigado são fraudadores e golpistas que têm utilizado a tragédia de Brumadinho para aplicar golpes, se passando por grupos humanitários e pedindo doações em dinheiro em contas-correntes pessoais. De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, a região não precisa de doações da sociedade civil, já que foram poucas as pessoas que sobreviveram ao rompimento da barragem e estão desabrigadas. O grande problema da polícia no momento não é manter os sobreviventes — que estão sob responsabilidade da Vale — mas sim encontrar os corpos soterrados, que podem passar de 200.

Fonte: Canaltech

Continua após a publicidade..