A gigante do streaming Netflix tem um faturamento local 50% maior do que, por exemplo, a emissora de televisão SBT. A informação é fruto de apuração do jornalista Ricardo Feltrin, que divulgou alguns dados relacionados à atuação da empresa no Brasil. A Netflix não confirma (nem nega) os dados retratados.
Citando fontes ligadas à empresa, que não foram nomeadas devido à sua proximidade, a coluna diz que o faturamento anual da Netflix com o público brasileiro é de aproximadamente R$ 1,4 bilhão, uma estimativa aproximada feita com base no volume de usuários locais da empresa, que é de 8 milhões de brasileiros. De acordo com as contas feitas pela coluna, esse valor corresponde a aproximadamente 8% do faturamento global da Netflix.
Segundo divulgação da própria empresa, o terceiro trimestre de 2018 lhe trouxe um crescimento de 15% em receita global, chegando à marca de US$ 4 bilhões. As informações relacionadas ao quarto trimestre serão divulgadas apenas em 17 de janeiro de 2019.
Netflix: faturamento da empresa no Brasil corresponde a 8% do valor atingido globalmente
A coluna de Ricardo Feltrin ainda aponta para outras informações corporativas: as fontes indicam aproximadamente 50 funcionários registrados pela empresa no Brasil, divididos entre advogados especializados em direitos autorais, assessores de imprensa e marketing, além de negociadores de parcerias e criação de conteúdo e, finalmente, cargos executivos de gestão de administração. Não há, segundo o texto, uma “sede” propriamente dita, salvo por um escritório alugado em condomínio corporativo de Alphaville, em São Paulo. Também não há uma chefia, ou um comitê de direção, nem mesmo uma presidência local. Toda e qualquer decisão deve passar pelos EUA, onde a empresa tem seu quartel-general.
Os números divulgados colocam a Netflix em posição forte no setor de entretenimento brasileiro: o volume de assinantes locais está próximo do montante atingido pela concessionária de TV por assinatura NET (propriedade da operadora de telecomunicações Claro), que é de 8,7 milhões. Outra concessionária, a SKY, já foi superada há tempos — a subsidiária da americana DirecTV teria pouco mais de 5 milhões de assinantes.
A Netflix não comentou as informações divulgadas pela coluna.
Fonte: Canaltech
