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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia




O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (30/04/2019) - 1

E lá vamos nós a mais um resumo das principais notícias científicas que rolaram na última semana! Terça-feira é o dia em que o Canaltech se dedica ainda mais à ciência e à astronomia, fazendo esse apanhado semanal com os acontecimentos mais relevantes dessas áreas para que você fique bem informado com poucos minutos de leitura.

Primeiro “martemoto” em Marte

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Animação mostra o SEIS sendo posicionado no solo marciano (Imagem: NASA)

 

Um dos objetivos da sonda InSight, da NASA, é justamente estudar o fenômeno dos “marsquakes” (ou “martemotos”), abalos sísmicos no Planeta Vermelho que seriam similares aos nossos terremotos. E, agora, a sonda pode ter registrado o primeiro martemoto por lá.

O equipamento SEIS é capaz de detectar os mais suaves tremores de terra, medindo a vibração da superfície marciana e sendo capaz de diferenciar abalos causados pelo clima dos provenientes das profundezas do planeta. O tremor, contudo, ainda está sendo analisado para que a equipe determine se ele se tratou mesmo de um primeiro martemoto observado.


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Convertendo pensamentos em voz

Cientistas norte-americanos conseguiram transformar atividade cerebral em voz, com uma máquina capaz de gerar voz usando o pensamento de uma pessoa para controlar um trato vocal virtual. Como resultado, os pesquisadores conseguiram criar uma simulação virtual de uma boca emitindo sons semelhantes aos reais.

O objetivo do estudo é criar métodos de devolver a fala para pessoas que perderam essa habilidade como consequência de derrames, traumas cerebrais e doenças degenerativas, e a ideia é que, no futuro, o computador possa reproduzir até mesmo os sentimentos por meio do timbre de voz emitido.

Cinco pacientes tiveram seu cérebro mapeado por eletrodos, com suas vozes sendo gravadas. Todas as atividades responsáveis pelos movimentos (como pressionar lábios, levantar a língua, etc.) foram analisadas, com os dados então sendo levados a duas redes neurais com algoritmos. Esses algoritmos transformaram os dados em movimentos para o sistema virtual e também reconheceram tais movimentos para convertê-los em sons sintéticos o mais próximo possível da voz dos participantes.

Até 1 milhão de espécies em risco de extinção por nossa causa

De acordo com o esboço de um relatório da ONU a ser divulgado na próxima semana, até 1 milhão de espécies do planeta estão em risco de extinção devido à atividade humana.

Essa atividade humana prejudicial inclui coisas como consumo exagerado, caça ilegal, desmatamento e emissões de combustíveis fósseis, o que está levando ecossistemas a um ponto trágico em que não haverá como retornar. Pelo menos um quarto das espécies vegetais e animais estão ameaçadas, com a perda de espécies atualmente sendo de dezenas a centenas de vezes maior do que tem sido, em média, nos últimos 10 milhões de anos.

Agência espacial portuguesa

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Portugal visto do espaço

 

Portugal acaba de inaugurar sua própria agência espacial chamada Portugal Space. Sua sede está no arquipélago dos Açores, região que em breve receberá também o primeiro espaçoporto português, além de uma nova infraestrutura de rastreamento e monitoramento de satélites.

A nova agência espacial portuguesa pretende começar a lançar pequenos satélites até o ano de 2021, e a agência também tem planos de construir um novo foguete sustentável para ser lançado a partir dali. Além disso, empresas privadas poderão usar o espaço para seus futuros voos de turismo espacial.

Universo está se expandindo mais rapidamente

Um novo estudo usando novas medições feitas pelo telescópio espacial Hubble mostrou que o universo está se expandindo 9% mais rápido do que pensávamos antes. Mas, na verdade, os estudos anteriores também estavam certos, o que significa que a taxa de expansão do universo está, então, aumentando gradativamente.

Os cientistas acreditam que há algo na natureza, que ainda não entendemos, que possa explicar o fenômeno, e esse “algo” pode ser a ainda misteriosa energia escura. Ainda, considerando que o universo se expande 9% mais rapidamente, os cientistas também calcularam que o universo tem entre 12,5 bilhões e 13 bilhões de anos, sendo, portanto, mais jovem do que as estimativas anteriores indicavam (entre 13,6 bilhões e 13,8 bilhões de anos).

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Fonte: Canaltech

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