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PewDiePie pede pelo fim do meme “Subscribe to PewDiePie” em novo vídeo




PewDiePie pede pelo fim do meme “Subscribe to PewDiePie” em novo vídeo - 1

Um dos memes mais recentes — e mais populares — da internet moderna pode estar chegando ao fim, se levarem a sério o pedido de sua principal estrela: o youtuber e influenciador sueco Felix “PewDiePie” Kjellberg publicou em seu canal um novo vídeo, onde pede pelo fim do meme “Subscribe To PewDiePie” (“Se inscreva no canal do PewDiePie”, na tradução livre) após vê-lo ser usado pelo atirador de Christchurch, no vídeo que foi transmitido ao vivo e mostrou-o matando 50 pessoas muçulmanas e ferindo outras 50 após abrir fogo em duas mesquitas da cidade neozelandesa, em março de 2019.

Ninguém sabe atribuir o início do meme, mas a história mais aceita pela internet é a de que PewDiePie, o youtuber mais influente e com mais inscritos no mundo, vem tendo a sua hegemonia ameaçada pelo canal indiano T-Series, que publica vídeos de produções de Bollywood e clipes musicais de artistas do país. Até o fechamento desta nota, o canal indiano havia superado o youtuber, com 96.330.768 de inscritos. Felix tem 95.081.408. A “guerra” entre eles rendeu até mesmo o seu próprio verbete na Wikipedia.

Já não é de hoje que o meme “Subscribe to PewDiePie” vem perdendo força. Na ocasião dos atentados, Felix fez menção à brincadeira, reprovando a atitude: “Acabei de saber dos relatos devastadores vindos de Christchurch, Nova Zelândia. Eu me sinto absolutamente enojado de saber que meu nome foi proferido por essa pessoa. Meu coração e preces estão com as vítimas, famílias e todos os afetados por essa tragédia”. Postagens posteriores ainda viram PewDiePie mencionar o meme em seus tons originais de brincadeira, mas diversos outros influenciadores se afastaram do meme devido ao peso trágico que ele passou a carregar após os atentados de Christchurch.


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“Ter o meu nome associado a um ato terrivelmente vil como este me afetou em muito mais formas do que eu me permitir mostrar”, diz Kjellberg em seu novo vídeo. “Eu não quis falar disso logo de cara, e eu também não queria dar ao terrorista ainda mais atenção. Eu não queria tornar o assunto em algo sobre mim, porque eu não acho que isso tenha a ver comigo. Falando objetivamente, eu não quis que o ódio vencesse. Mas é claro para mim agora que o movimento ‘Subscribe to PewDiePie’ deveria ter acabado ali”.

O próprio Kjellberg não é estranho a controvérsias: em seu próprio canal, ele já publicou piadas que, embora ele as tenha chamado de “satíricas”, traziam notações antissemitas, o que lhe rendeu inúmeras críticas de outros influenciadores e da comunidade em geral. Em sua “guerra” contra o T-Series, PewDiePie compôs duas músicas em ataque ao canal indiano, onde fez referências a piadas racistas e às suas próprias “sátiras”, novamente atraindo críticas, mas coletando grande sucesso entre seus seguidores (o vídeo “Congratulations”, uma das músicas de ataque, tem quase 97 milhões de visualizações, 6,4 milhões de curtidas e “apenas” 292 mil descurtidas).

“Eles [os vídeos] não tinham a intenção de serem levados a sério”, disse o influenciador. “Essa retórica negativa é algo com o que eu não concordo em nenhum aspecto…e para ser perfeitamente claro: não, eu não sou racista. Eu não apóio nenhuma forma de comentários racistas direcionados a qualquer pessoa”.

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Fonte: Canaltech

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