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Pentágono alerta sobre desenvolvimento de armas espaciais por Rússia e China




A Agência de Defesa e Inteligência dos Estados Unidos (DIA), divisão mais avançada de todo o setor de inteligência do Pentágono, publicou nesta semana um longo estudo evidenciando a expansão militar no espaço, focando principalmente no aumento dos armamentos da Rússia e da China que estão sendo colocados em órbita.

No documento, a Agência explica em detalhes o que são “conceitos chave contraespaciais”, que incluem ameaças feitas a países a partir de armas espaciais, o desenvolvimento de armas laser feitas para serem lançadas em órbita, e a fabricação de mísseis capazes de abater satélites — e que tanto a Rússia quanto a China já estão desenvolvendo essas tecnologias.

Em setembro, um míssil misterioso foi avistado sendo carregado por uma versão modificada do MiG-31, um caça supersônico que consegue voar em alturas próximas do espaço, e acredita-se que seja uma das armas anti-satélites que já estão sendo testadas pela Rússia.

Já em outubro, a CNBC teve acesso a imagens de um novo tipo de míssil russo que seria usado como uma arma anti-satélites, com previsão de estar completamente funcional em 2022. De acordo com uma fonte que preferiu se manter anônima por questões de segurança, esse míssil seria instalado em um veículo de lançamento espacial, e usado para destruir satélites de comunicação e de GPS que se situam em órbita terrestre baixa, o que tornaria possível que a arma fosse usada não apenas em satélites de comunicação e militares, como também no telescópio Hubble e na Estação Espacial Internacional, e que a Rússia já teria testado essa arma em várias oportunidades, todas com sucesso.

O relatório também revela que a China só perde para os Estados Unidos no número de satélites colocados em órbita e que, apesar de oficialmente defender um compartilhamento pacífico do espaço, está tomando medidas para aumentar rapidamente a presença do país na órbita da Terra. Além disso, o país também já possui um sistema de mísseis anti-satélites que pode atingir alvos em órbita terrestre baixa a partir da superfície, e está desenvolvendo uma arma a laser para destruir sensores espaciais e satélites espiões que deverá ficar pronta em 2020.

Corrida espacial

Além da China e da Rússia, o relatório também apresenta a Coreia do Norte e o Irã como possíveis adversários dos Estados Unidos na conquista do espaço.

O relatório completo (em inglês) pode ser acessado no site oficial da DIA, que permite o download de uma cópia em PDF do documento na íntegra.

Fonte: Canaltech

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