Durante uma operação contra o tráfico de drogas nesta terça-feira (23), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul descobriu um esquema de lavagem de dinheiro com bitcoins. De acordo com as autoridades, há indícios de que o laboratório clandestino de mineração de criptomoedas estava sendo usado pelo narcotráfico.
A ação foi conduzida pelo Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc) e pela Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro no bairro Cascata, localizado na capital do estado.
Para disfarçar a origem do dinheiro ilegal, os criminosos pagavam os distribuidores de entorpecentes com bitcoins. A polícia não descarta também movimentações internacionais. Criada em 2008, a moeda virtual é gerada por sistemas computacionais e mantém a identidade do usuário no anonimato, garantindo a segurança dos dados.
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Os hardwares e softwares apreendidos pelas autoridades têm valor estimado de R$ 150 mil. Segundo os delegados que participaram da ação, a atividade de mineração pode ter movimentado cerca de R$ 500 mil.
O proprietário do laboratório clandestino disse que alugou o espaço para minerar bitcoins como investimento – uma atividade que não é irregular. Ele acabou sendo autuado apenas pelo crime de furto de energia elétrica e seus equipamentos passarão por perícia.
A suspeita da polícia é de que o homem estaria atuando como segurança do local, uma vez que a área onde fica o laboratório é conhecida pelo tráfico de drogas. “É um local bem escondido, clandestino. Vamos aprofundar as investigações. Tudo indica que pode ser uma atividade de mineração de bitcoin. Também há possibilidade de estarem usando o dinheiro do tráfico para comprar bitcoins”, disse o delegado Adriano Nonnenmacher.
Outro homem que estava sendo investigado por tráfico de drogas foi preso com uma motocicleta roubada e clonada. Em sua residência, os policiais apreenderam uma pistola de uso restrito com a numeração raspada.
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Fonte: Canaltech