TV, Filmes & Séries

Boneca Russa: entenda 5 referências obscuras da segunda temporada




A delirante comédia Boneca Russa (Netflix) chegou com a segunda temporada ainda mais insana do que a leva de estreia. A sarcástica e ácida Nadia Vulvokov (Natasha Lyonne) agora está inserida em uma viagem no tempo, desembarcando no começo da década de 1980. E de lá vem várias referências citadas e mostradas que são obscuras aos brasileiros por trazerem à tona pessoas e situações não tão conhecidas por aqui.

O Observatório da TV apresenta cinco explicações dessas referências que vão ajudar a entender melhor algumas cenas da série. Tem desde discussões temporais até lembrança de um assassino notório. Confira:

Anjos da Guarda

Assim que salta do metrô na estação do ano de 1982, Nadia tromba com com um homem usando boina vermelha dizendo ser do grupo Anjos da Guarda (Guardian Angels). Essa organização existiu, fundada três anos antes por Curtis Sliwa, e tinha como objetivo combater crimes que ocorriam nas estações de metrô de Nova York.

Pessoas civis eram treinadas nessa missão de prevenção e capturar criminosos que praticavam qualquer ato criminoso no subsolo da cidade. Curtis Sliwa disputou a vaga de prefeito de Nova York, no ano passado.

Crazy Eddie

Nadia também se depara com outra situação real ao botar os pés em 1982. Ela entra em um bar e começa a conversar com um rapaz chamado Danny, que trabalha na loja Crazy Eddie, especializada em equipamentos eletrônicos.

O nome, Eddie Louco em tradução direta, era pelo fato de o gerente ser permanentemente louco, no sentido de fazer promoções malucas, com preços baixíssimos e propagandas excêntricas. A loja, que existiu de verdade, faliu. E o dono foi acusado de se envolver com o crime organizado.

Indo para 1982, Nadia (Natasha Lyonne) lê um jornal da época
Indo para 1982, Nadia (Natasha Lyonne) lê um jornal da época

John LeBoutillier

Dentro do vagão rumo ao passado, Nadia percebe não estar no presente ao pegar um jornal e ler a manchete: As Duas Faces de John LeBoutillier. Esse tal de John LeBoutillier foi um político, do Partido Republicano, que em 1982 perdeu a chance de se reeleger deputado federal; mais tarde, teve de pagar multa por violar leis eleitorais na campanha.

Essa cena de Boneca Russa até passa batida, pois o telespectador também está confuso ao tentar entender o que está acontecendo naquele momento com Nadia. Mas a manchete acaba servindo de premonição, pois logo será feita a revelação: a protagonista tem duas caras/faces em 1982.

Paul Snider

Ao voltar de viagem de 1982, Nadia explica para o amigo Alan (Charlie Barnett) o que viu. Ele pergunta quem é Chez (Sharlto Copley), um trambiqueiro parceiro da mãe de Nadia no passado. “Ele é um tipo de Paul Snider. Não espero que entenda essa referência profunda de Star 80”, diz a heroína da história, no roteiro original. A legenda e dublagem em português não traduziram bem esse diálogo.

Snider foi um empresário canadense conhecido por matar a mulher Dorothy Stratten, de quem estava separado, uma modelo da Playboy; após cometer o ato, ele tirou a própria vida. Star 80 é o nome do filme sobre a vida de Snider, lançado em 1983.

Place lag

“Já ouviu falar de place lag?”, é o que Maxine (Greta Lee) pergunta para a amiga Nadia enquanto caminham por Budapeste (Hungria). Esse termo define a sensação que uma pessoa tem ao passar por dificuldades de se adaptar em um lugar após longa viagem. “Não estamos evolutivamente preparados para pular milhares de quilômetros da noite para o dia. Nossos cérebros não conseguem acompanhar [a mudança], destrincha Maxine.

Como o telespectador percebe, essa experiência é vivida por Nadia durante toda a segunda temporada, mas no caso a viagem é no tempo. Ela tem dificuldades em se adaptar com os modos e costumes dos anos 1980, por estar habituada com o estilo de vida moderno de quatro décadas à frente. ⬩

Fonte: Observatório da Televisão

Continua após a publicidade..