Ciência & Tecnologia

China e EUA não devem retomar ação sobre cibersegurança




Retomar a cooperação em segurança cibernética entre China e Estados Unidos seria difícil por causa de “práticas equivocadas dos EUA”, disse o principal diplomata da China ao secretário de Estado americano, John Kerry.

A cibersegurança é um complicador nas relações entre os dois países.

Yang Jiechi, conselheiro estadual de supervisão de Relações Exteriores, disse a Kerry, em Boston, que os Estados Unidos “devem tomar medidas positivas para criar as condições necessárias para que o diálogo sobre segurança cibernética e a cooperação bilateral sejam retomados”, informa comunicado no site chinês do ministério das Relações Exteriores neste domingo.

Na quarta-feira (15), o Bureau de Investigação Federal dos Estados Unidos (FBI) afirmou que hackers, supostamente apoiados pelo governo chinês, lançaram mais ataques contra empresas americanas, uma acusação que a China julga improcedente.

E em maio, os Estados Unidos acusaram judicialmente cinco oficiais militares chineses por ataques cibernéticos a empresas americanas, o que levou a China a interromper um grupo de trabalho bilateral sobre segurança cibernética.

“Devido a práticas equivocadas dos EUA, é difícil, neste momento, retomar o diálogo sino-americano de segurança cibernética e cooperação”, Yang disse, segundo o site.

O comunicado não deu mais detalhes.

O ex-analista da Agência Nacional de Segurança (NSA) Edward Snowden disse que a agência americana invadiu a infraestrutura de rede oficial em universidades na China e Hong Kong.

A China, repetidamente acusada pelos Estados Unidos de ataques, usou as alegações de Snowden como munição para apontar o dedo à hipocrisia de Washington.

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