Ciência & Tecnologia

Evento discute Internet das Coisas nas grandes cidades




A Telefónica realizou nesta quinta-feira em São Paulo o evento Smart Cities, para avaliar o desenvolvimento de cidades inteligentes no Brasil. Dentre os temas abordados no evento, a “Internet das Coisas” foi destaque com uma palestra do diretor de inovação da Intel, Max Leite. Em sua fala, ele demonstrou como novas tecnologias já influenciam o cotidiano dos brasileiros.

Para Leite, o morador das grandes cidades já consegue sentir as diferenças do desenvolvimento da Internet das Coisas.

“Eu vim para o evento usando o Waze. Utilizei o caixa eletrônico. A Internet das Coisas é muito abrangente. A grande questão é como as grandes infraestruturas que impactam a cidade como um todo pode tirar proveito para o cidadão?”, questionou Max Leite.

A Internet das Coisas é um ecossistema que interliga produtos do cotidiano das pessoas de forma sem fio e conectada à rede mundial dos computadores, como os smartwatchs e a automação de casa.

“Quando eu vou saber se serei impactado por essas tecnologias? Já sou. Agora, quando eu vou saber se serei impactado por um serviço que realmente agregue valor? Isso ainda está aberto”, disse o executivo.

Exemplos de Internet das Coisas
Max Leite ainda afirma que embora os wearables e automação tenham espaço no setor, com receita de US$ 9 bilhões (dispositivos móveis) e US$ 15 bilhões (casa), o setor industrial é o que avança mais com US$ 19 bilhões. Como exemplo ele demonstrou o sistema Siniav, um sistema de emplacamentos de carros usado pelo governo brasileiro que deve ser instalado nos carros até junho de 2015.

Criado pela Intel, o Siniav identifica por meio de sensores de identificação por radiofrequência (RFID), que são instalados no carro para monitorar o motorista e seu automóvel nas grandes cidades. Isto abre opções para o governo e as empresa terem reconhecimento de frota, logística, aplicar leis de trânsito e monitoramento de tráfego.

“A única coisa que o sensor consegue ver é o que está olho nu. Os dados ficam salvos em um banco de dados em Brasília”, ressalta o executivo sobre a privacidade do motorista. “No entanto, a razão de ela (Siniav) existir ainda é muito rala. Ou ela é utilizada pelo setor privado para facilitar o pagamento de estacionamento e estacionamento. Ou pelo setor público para entender se o carro está registrado e tem multas”.

Outra demonstração mostrada por Leite é um sistema que o carro paga o combustível. Também utilizando RFID, um sistema de teste implantado em um posto da Petrobrás automaticamente paga a gasolina abastecida, sem o usuário passar o cartão ou dar o dinheiro.

Este projeto da Intel é exclusivo do Brasil, mas ainda não há prazo para instalá-lo em larga escala.

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