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Exame com Inteligência Artificial pode diagnosticar câncer de próstata




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A partir de uma série de iniciativas que promove a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata, o movimento Novembro Azul discute o segundo tipo mais comum de câncer entre os homens. E para auxiliar no tratamento, chega um novo método: um algoritmo de Inteligência Artificial (IA) que simula, em segundos, a próstata do paciente, a partir de um exame de ressonância magnética da região.

Indicando se há, ou não, aumento nas dimensões da glândula – a próstata é uma glândula que faz parte do aparelho reprodutor masculino -, o algoritmo que segmenta a área começa a ser aplicado em laboratórios clínicos no Brasil. Ele foi desenvolvido em parceria com a Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e a Dasa, empresa brasileira de diagnósticos médicos.

No processo de estudos e validação do algoritmo, foi realizado um teste que avaliava cerca de 200 exames do banco de dados da Dasa com diagnósticos confirmados. Em outra etapa, o algoritmo foi testado com os resultados de novos exames de unidades laboratoriais. O sistema foi novamente aprovado na identificação.


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Imagem da próstata que pode ser simulada com IA (Fonte: Medscape)

“Quando a detecção é precoce, por meio do rastreamento, é possível evitar metástases em ossos e outros órgãos, preservando a vida com melhor qualidade; e, em alguns casos de tumores menos agressivos ou menores, é possível acompanhar e prescindir de tratamento incisivo”, explica o radiologista Leonardo Kayat sobre a importância do novo método para identificação de alterações na glândula.

Hoje, a maior parte dos diagnósticos de câncer de próstata são feitos a partir do exame de PSA, que identifica a presença de determinadas alterações no sangue do paciente, seguido pelo exame de toque retal, que avalia as características físicas da glândula e confirma as alterações encontradas no primeiro procedimento. Só então, o paciente passa por uma biópsia da região que, de fato, confirma a doença, em uma série de procedimentos que levam tempo.

“O algoritmo de IA elimina as tarefas burocráticas para que possamos nos concentrar mais no diagnóstico”, afirma o especialista Kayat. Mas, por ser uma tecnologia nova, ainda demanda um grande esforço para que na prática funcione com qualidade.

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Fonte: Canaltech

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