Ciência & Tecnologia

Nova tecnologia deixará voos do Santos Dumont mais rápidos





Santos Dumont Aeroporto

A nova tecnologia para pousos está em testes desde maio e será utilizada a partir de 2 de dezembro. Ao facilitar a aterrissagem, que é um grande problema no terminal em condições adversas, quando há nevoeiro ou chuva forte, por causa da pista mais curta do aeroporto, a previsão é reduzir também as horas em que precisa ser fechado, cerca de 48 horas por ano, para quatro horas(Mariordo Ortiz / Wikimedia Commons)

A partir de dezembro, voos com destino ao Aeroporto Santos Dumont, no centro da capital fluminense, ficarão mais rápidos. Uma nova tecnologia disponível no terminal reduzirá em cerca de 10 minutos a aterrissagem das aeronaves. O anúncio foi feito hoje (28) pelo ministro Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil (SAC). Ele também confirmou mudanças no aeroporto para facilitar o embarque em taxis e novas linhas de ônibus com acesso ao metrô.

A nova tecnologia para pousos está em testes desde maio e será utilizada a partir de 2 de dezembro. Ao facilitar a aterrissagem, que é um grande problema no terminal em condições adversas, quando há nevoeiro ou chuva forte, por causa da pista mais curta do aeroporto, a previsão é reduzir também as horas em que precisa ser fechado, cerca de 48 horas por ano, para quatro horas. Outra vantagem é redução do gasto de combustível pelos aviões.

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“A mudança [de sistema] diminui o tempo de voo e, com isso, o consumo de combustível. A primeira vantagem, com isso, é a redução dos custos das companhias para não estimular o aumento das passagens”, disse o ministro Moreira Franco. “O segundo é a questão ambiental, pois diminui os ruídos na vizinhança e os impactos do combustível no meio ambiente”.

A nova tecnologia disponível no Santos Dumont usa o conceito da navegação de desempenho imprescindível (RNP, na sigla em inglês). O sistema, por meio de aparelho GPS, emite um sinal único para ser seguido pelas aeronaves, facilitando a operação de descida. Hoje, ao se aproximar da pista de pouso, as aeronaves têm que se guiar por sinais emitidos por antenas em solo.

Por ter participado dos testes com o novo sistema, a Gol já certificou seus pilotos para operar a partir de dezembro. As demais companhias, menos adiantadas, também se interessam pela tecnologia, informou a Associação Brasileira de Empresas Aéreas, mas não estão prontas. A organização explicou que boa parte das aeronaves tem dispositivos compatíveis.

“O governo já fez sua parte. A rota está definida e os equipamentos, à disposição. Falta as empresas colocarem os GPS e treinarem os pilotos. Isso não tem custo altíssimo”, disse o ministro Moreira Franco. Ele contou que países da Europa e os Estados Unidos já utilizam o sistema de navegação, também previsto para entrar em operação nos aeroportos do Galeão (RJ), Guarulhos (SP), Congonhas (SP) e Campinas (SP) na segunda quinzena de dezembro.

Durante visita do ministro ao Santos Dumont, a prefeitura do Rio anunciou uma parceria com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para obras que facilitem o acesso dos taxis ao aeroporto e a criação de uma linha ligando o terminal à estação de metrô da Cinelândia.

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