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Na última quinta-feira (31) foi celebrado o Dia Mundial sem Tabaco. Criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data tem o objetivo de chamar a atenção para os males do consumo regular da substância, que causa um prejuízo anual de R$ 57 bilhões ao Brasil, de acordo com levantamento do Mistério da Saúde. E o Seconci-SP (Serviço Social da Construção) aproveita a ocasião para trazer orientações aos trabalhadores que desejam abandonar a dependência do cigarro.
O gerente de Medicina Ambulatorial da entidade, Horácio Cardoso Salles, explica que em virtude do tabaco ser uma droga lícita, é normal que algumas pessoas tenham contato muito cedo e também apresentem dificuldade para abandonar o vício.
“Nos últimos anos houve um esforço muito grande dos governos e das entidades organizadas da sociedade para conscientizar as pessoas dos males do fumo e isso tem surtido efeito”, comenta o médico. Dados da Associação Médica Brasileira indicam que a prevalência de fumantes decresceu de 34,8%, em 1989, para 10,4% em 2015. Ou seja, uma queda de 70%.
Salles ressalta que, apesar dos avanços, é muito importante a ampliação das ações para divulgar os impactos devastadores causados pelo tabaco no organismo do fumante. Afinal, muitos não sabem, mas ao fumar um único cigarro, a pessoa inala mais de quatro mil substâncias tóxicas, como monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, e outras 43 cancerígenas, como arsênio, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo e resíduos de agrotóxicos.
Além disso, a temperatura da fumaça é mais um elemento muito nocivo à saúde da pessoa. “Isso porque a fumaça resultante da combustão causa inflamação nos tecidos de toda a área das vias respiratórias”, salienta o profissional.
Tratamento
O médico comenta que, como qualquer outro vício, o tabaco também depende de uma força de vontade da pessoa em querer largar a dependência. “Encontrar um motivo é sempre muito estimulante. Existem pessoas que ao saber que terão um filho, por exemplo, tomam a iniciativa de parar”, exemplifica Salles. Horácio ressalta que existem especialistas que podem ajudar o ex-fumante a atravessar este processo e o recomendável é que o trabalhador busque ajuda.
Ganhos à saúde
1. Após 20 minutos, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal;
2. Após duas horas, não há mais nicotina circulando no sangue;
3. Após oito horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza;
4. De 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor;
5. Após dois dias, o olfato já percebe melhor os aromas e o paladar já degusta com mais precisão os alimentos;
6. Após três semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora;
7. Após 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.
