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Aos 15 anos, Facebook celebra bons resultados financeiros após escândalos




O Facebook chega aos 15 anos nesta segunda-feira (04) com motivos para comemorar. Na última semana, a rede social informou que sua receita saltou 37% e o lucro registrou alta de 39% no ano passado – mesmo período em que a plataforma enfrentou um escândalo de compartilhamento de dados e tornou-se a empresa que mais perdeu valor de mercado nos Estados Unidos.

Agora, a mais nova ambição da gigante de tecnologia é integrar sua família de produtos, que inclui o Instagram, Messenger e WhatsApp. Assim, um usuário que utiliza apenas a rede social de fotos pode se comunicar com um amigo no Messenger. A mudança deve ocorrer em 2020, segundo o jornal americano The New York Times.

A rede social ainda parece contornar bem as suas próprias dificuldades: no ano passado, o Facebook perdeu 3 milhões de usuários com menos de 25 anos no Reino Unido e nos Estados Unidos. Segundo reportagem do The Guardian, os jovens passaram a considerar a rede social uma plataforma para os “mais velhos”. Mas, recentemente, o Facebook anunciou crescimento no número de usuários: agora são 2,53 bilhões de pessoas que entram mensalmente na plataforma.

Nos últimos anos, a rede social também adotou a tática de comprar competidores, como o Instagram e WhatsApp, para manter-se relevante na internet. A exceção foi o Snapchat, que acabou perdendo espaço e usuários. Mesmo sem a aquisição, o Facebook adaptou os famosos stories para todas as suas plataformas. Hoje, 500 milhões de usuários utilizam a ferramenta no Instagram por dia.

Apesar da fase positiva, a plataforma ainda enfrenta uma série de desafios: o aumento de perfis falsos, as notícias falsas, o discurso de ódio e a forma de lidar com informações privadas dos usuários. Mais um escândalo envolvendo a rede social e a campanha #DeleteFacebook pode voltar a ganhar força.

Neste ano, o Facebook também deve encarar a repercussão do filme The Great Hack, longa da Netflix sobre o caso de compartilhamento de dados com a consultoria Cambridge Analytica, que usou informações privadas de 87 milhões de usuários do Facebook para ajudar na eleição do presidente americano Donald Trump.

Facemash, onde tudo começou

A rede social nasceu a partir do Facemash, um experimento do atual CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, e mais três amigos em 2003. A plataforma permitia que universitários atribuíssem pontos aos colegas por seus atrativos físicos. Com apenas dois dias, o Facemash movimentou os estudantes, contabilizando 22 mil votos, mas foi alvo de uma polêmica no campus: acabou sendo fechado pela administração da Universidade de Harvard.

O Facemash inspirou os amigos a lançarem o “The Facebook” um ano depois, uma plataforma exclusiva para os estudantes de Harvard. Dessa vez o objetivo era conectar pessoas. E a iniciativa deu certo: nas primeiras 24 horas, 1,2 mil pessoas cadastraram-se no serviço.

Ele logo foi ampliado para outras universidades da área de Boston, nos Estados Unidos, e depois para o resto do país. Em setembro de 2006, a plataforma deixou de restringir seus usuários ao âmbito educacional e tornou-se disponível para o público em geral.

Fonte: Canaltech

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