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Hyundai mostra conceito de carro que “anda” sobre terreno acidentado




Existem muitos motivos pelos quais a CES é realizada em todo começo de ano, sendo o principal deles o apreço pela inovação, a ideia de “começar” um mercado. Em 2019, não está sendo diferente: depois da LG mostrar ontem (7) a primeira TV enrolável do mundo, foi a vez da Hyundai inovar ao mostrar no evento o primeiro “carro caminhante” já produzido.

O Hyundai Elevate é a aposta da fabricante automotora coreana para entrar no mercado de transporte por terrenos acidentados, como regiões montanhosas ou áreas de risco e desastres. O automóvel dispõe das funções normais de qualquer carro, mas conta também com quatro “pernas” que lhe permitem trafegar a 5 hm/h sobre áreas onde rodas seriam inúteis. Mais além, o Elevate também pode subir elevações íngremes e saltar distâncias de até 1,5 m.

O conceito vem sendo desenvolvido há três anos e foi revelado durante a Consumer Electronics Show 2019. “Quando um tsunami ou um terremoto atinge um local, os veículos atuais de resgate só conseguem levar as equipes respondentes até os arredores dos campos de escombros e acidentes. Eles têm que seguir o resto do caminho a pé”, disse o vice-presidente da Hyundai, John Suh. “Com o Elevate, eles poderão seguir viagem em meio a destroços e inundações, concreto rachado…”.

O executivo ainda sugeriu que, em situações corriqueiras, o Hyundai Elevate poderá buscar e deixar cadeirantes nas portas de edifícios sem acesso para portadores de necessidades especiais.

Apesar do cenário otimista da Hyundai, há quem prefira manter-se cauteloso diante da novidade, ainda que torcendo para dar certo. Em conversa com a BBC, o professor David Bailey, da Aston Business School, disse: “É comum que montadoras criem diversos conceitos que podem ou não tomarem aspectos de produção, mas é sempre ótimo pensar em novas formas de mobilidade”. O especialista ainda corroborou a ideia de aplicação do Elevate como um serviço de emergência: “Para a maioria de nós, a coisa continuará no meio ‘rodas e estradas’, mas em situações extremas pode haver escopo para esse tipo de produto. Em termos de serviços de socorro, pode de fato haver aplicações — mas ainda há muitos desafios tecnológicos para isso”.

Fonte: Canaltech

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