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Devido à greve global de motoristas, preços da Uber sobem em SP e RJ




Devido à greve global de motoristas, preços da Uber sobem em SP e RJ - 1

Os protestos globais de motoristas da Uber programados para hoje, 8, estão surtindo um efeito bem pesado no bolso dos usuários: em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, os preços das corridas pelo aplicativo estão consideravelmente maiores, em alguns casos chegando a 50% acima do valor de base.

O efeito decorre da paralisação generalizada de motoristas. Conforme o Canaltech adiantou no final de abril, protestos da classe refletem a insatisfação com as políticas da empresa, buscando melhores condições de trabalho e um relacionamento mais direto e com mais voz nas decisões que a Uber toma em seu dia a dia.

Ontem, 7, foi anunciado que trabalhadores no Brasil também iriam aderir ao movimento.


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Protestos nos EUA e Brasil marcam o dia em que a Uber espera fazer sua estreia na Bolsa de Valores de Nova York

 

A escolha da data de hoje não foi feita à toa: dia 8 de maio é a data esperada para que a Uber faça a sua estreia na Bolsa de Valores de Nova York, após oferta pública inicial (IPO) conduzida na última semana.

Entretanto, nem todos os motoristas brasileiros aderiram ao movimento, que ficou conhecido como “#UberOFF”, e estão aproveitando para continuar correndo em preços mais caros (o chamado preço dinâmico praticado pela Uber quando a demanda é alta demais em certas regiões). Segundo a Folha de São Paulo, grevistas estão discutindo em grupos de motoristas no WhatsApp para descobrir quem não aderiu à greve. Prints de telas com corridas aceitas estão sendo compartilhados.

Outra medida tomada pelos grevistas é a de realizar chamadas no app, se passando por passageiros. Uma vez que a corrida é aceita, o solicitante usa o sistema de mensagens interno do app da Uber para convencer o motorista a desligar-se do serviço por hoje. Finalmente, há aqueles que estão chamando por um motorista e cancelando a corrida pouco antes de ele chegar, lhe causando prejuízo.

A classe, porém, condena essas ações, dizendo que aqueles que não ingressam aos protestos têm o direito de fazê-lo.

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Preços subiram em até 50% pela manha de hoje, em São Paulo e Rio de Janeiro

 

Ainda citando a Folha, a manhã de hoje viu a reunião de aproximadamente 130 motoristas e 30 carros no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo. Segundo Paulo Reis, tido como o líder dos protestos pela cidade, a expectativa é a de que 1.500 motoristas ingressem à greve. Outros cem motoristas reuniram-se à frente dos escritórios da empresa na Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

“Em Niterói (RJ), por outro lado, a disponibilidade de veículos e os preços estavam normais. Um motorista disse à reportagem que nem sabia da paralisação”, também relata o jornal. Na cidade fluminense, há quem tenha dito que a categoria é desunida e que não compensaria se juntar à greve se outros continuariam trabalhando. Um motorista disse à reportagem que não se uniria ao movimento pois sabia das condições de trabalho antes de se tornar motorista.

Relatos apontam que os preços já seguem em caráter normal, então a situação não deve perdurar por muito mais tempo.

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Fonte: Canaltech

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