Saúde & Bem-estar

Carnaval: Saiba Como Evitar a Mononucleose, a Temida Doença do Beijo




Imagem de 46173 por Pixabay

 

Com a chegada do Carnaval, muitas pessoas estão ansiosas para se divertir e aproveitar a folia. No entanto, é importante lembrar que a festa também pode trazer riscos à saúde, especialmente quando se trata de doenças facilmente transmitidas, como a mononucleose, popularmente conhecida como “doença do beijo”.

Durante o Carnaval, o risco de infecção por essa doença aumenta, uma vez que a festividade é marcada por beijos na boca entre os foliões, que é a principal forma de transmissão do vírus Epstein-Barr (VEB), causador da mononucleose. Além disso, outros vírus, como o citomegalovírus e a toxoplasmose, também podem ser transmitidos pelo contato com a saliva.

A doença do beijo é mais comum em adolescentes e adultos jovens, entre 15 e 25 anos. Os sintomas incluem fraqueza, cansaço, febre, dor de garganta, placas na garganta, dores no corpo e dor de cabeça. É fundamental procurar atendimento médico ou odontológico ao notar qualquer sintoma incomum na boca ou o surgimento de lesões avermelhadas, esbranquiçadas ou ulceradas.

Além da doença do beijo, outras doenças também são comuns durante o Carnaval. A herpes, a sífilis e o sapinho (candidíase oral) têm um aumento significativo de casos nesse período, pois também podem ser transmitidas através de um simples beijo, especialmente quando a doença está em fase aguda. Se considerarmos as infecções sexualmente transmissíveis, a lista de doenças relacionadas ao Carnaval ainda pode aumentar. Portanto, a recomendação é aproveitar a festa com moderação.

É importante ressaltar que a doença do beijo tem um período de incubação longo, estimado entre 30 e 45 dias. Isso significa que uma pessoa infectada pelo vírus Epstein-Barr não apresentará sintomas imediatamente após a festa, mas somente um mês depois. Após esse período, alguns indivíduos podem ser portadores assintomáticos do vírus, ou seja, sem apresentar sintomas, mas ainda podendo transmiti-lo.

Os sintomas iniciais da doença do beijo são semelhantes aos de outras doenças infectocontagiosas. No entanto, o que pode chamar a atenção para a mononucleose é o aparecimento de caroços na região do pescoço e manchas no corpo. A doença também pode evoluir para formas mais graves, como inflamação do fígado e baço, problemas hematológicos, ruptura do baço, inflamações cardíacas e comprometimento neurológico.

Embora seja conhecida como “doença do beijo”, o nome não significa que o vírus seja transmitido apenas pelo ato de beijar. Na verdade, o risco está no contato com as secreções orais da pessoa infectada, como a saliva. Além disso, o compartilhamento de copos ou garrafas também pode levar à transmissão. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença também pode ser transmitida através da transfusão de sangue ou do contato sexual.

A principal medida de prevenção da doença do beijo é evitar o contato com pessoas infectadas. Além disso, é importante não compartilhar bebidas, alimentos e utensílios pessoais, como escovas de dentes e batons.

Atualmente, não há um tratamento específico para a doença do beijo. Geralmente, são indicados repouso e medicamentos para aliviar os sintomas, como antitérmicos para controlar a febre. É fundamental também manter-se hidratado, consumindo bastante água para evitar a desidratação.

Como a principal forma de transmissão da doença é através da saliva, a única maneira eficaz de evitar a infecção é não beijando e nem compartilhando utensílios durante o Carnaval. Infelizmente, ainda não existem vacinas disponíveis para prevenir a doença do beijo. No entanto, fortalecer o sistema imunológico pode ser uma estratégia eficaz para reduzir os riscos de diversas doenças. Para isso, é importante adotar hábitos saudáveis, praticar exercícios físicos, ter uma alimentação equilibrada e garantir boas noites de sono.

Embora seja possível tratar a fase aguda e sintomática da doença do beijo, não existe cura para a infecção pelo vírus Epstein-Barr. Isso significa que uma vez infectada, a pessoa carregará o vírus pelo resto da vida, mesmo que ele não se manifeste novamente. Além disso, estudos emergentes têm associado o VEB ao aumento do risco de esclerose múltipla.

Portanto, aproveite o Carnaval com responsabilidade e tome as medidas necessárias para proteger sua saúde e a de outras pessoas. Evite o contato próximo com pessoas infectadas, não compartilhe utensílios pessoais e cuide do seu sistema imunológico. Assim, você poderá aproveitar a festa sem preocupações.

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