Há uma década, quando estreou Fortes Batidas (2013), o Núcleo de Criação do Pequeno Ato, comandado por Pedro Granato, estabeleceu ponto de contato direto entre suas criações e o público jovem frequentador do Centro de São Paulo, que viu nas criações do grupo espelho que refletia não apenas suas próprias aflições, dúvidas e questões, mas também a convulsão social que os cerca.
Assim, o grupo não só criou bem sucedidas investidas cênicas acerca da sociedade que o cercava, em obras como 11 Selvagens (2017) e Distopia Brasil (2019), como também influenciou grupos surgidos a partir de seus estudos – como o Coletivo Inominável -, gerando obras mais interessantes, como sua visão para o clássico O Beijo no Asfalto, até títulos de fôlego mais limitado, como o Caso Cabaré Privê (2020) ou Vingança Voyeur (2023).
Agora, o Núcleo de Criação do Pequeno Ato dá novo passo rumo às suas investigações acerca das convulsões sócio-políticas pela visão de uma parcela da sociedade jovem com a estreia de Carnaval Futuro, espetáculo que chega à sala Ademar Guerra do Centro Cultural São Paulo no dia 07 de maio.
Com texto assinado por Ana Herman sob a direção de Pedro Granato, Carnaval Futuro parte da história do Carnaval brasileiro para narrar a história de um casal eleito pela grande elite paulistana para desbravar uma nova sociedade após o colapso climático que dizimou parte da nossa própria sociedade.
Com o apoio da escola de samba Vai Vai, Carnaval Futuro conta com figurinos e parte do cenário vindos diretamente do acervo da agremiação, que disponibilizou algumas das criações do carnavalesco Sidney França, responsável pelo desfile de 2023 cujo tema, Eu Também sou Imortal, lhe rendeu a vitória do grupo de Acesso 1.
Carnaval Futuro cumpre temporada até o dia 23 de maio, com sessões de terça-feira a quinta-feira, sempre às 21h. Os ingressos são gratuitos e distribuídos com uma hora de antecedência antes de cada sessão no próprio Centro Cultural São Paulo.
Fonte: Observatório da Televisão
