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Transatlântico: A história real por trás da série da Netflix

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Sucesso na Netflix, a série Transatlântico é ambientada na época da Segunda Guerra Mundial. Como muitos fãs já desconfiavam, a produção é baseada em uma incrível história real. Porém, como de costume, a série adota algumas liberdades criativas para desenvolver sua trama na plataforma.

“Durante a Segunda Guerra, dois americanos e seus aliados montam uma operação em Marselha para ajudar refugiados, artistas e escritores a fugir da Europa”, diz a sinopse oficial de Transatlântico na Netflix.

O elenco de Transatlântico é liderado por Gillian Jacobs (Rua do Medo), Cory Michael Smith (Gotham) e Lucas Englander (The Witcher).

Mostramos abaixo tudo que você precisa saber sobre a história real que inspira a trama de Transatlântico na Netflix; confira! (via RadioTimes)

Transatlântico: A história real por trás da série da Netflix - 2

Transatlântico é inspirada em incrível história real

Transatlântico não demorou a surgir no Top 10 de séries mais assistidas da Netflix. Até o momento, a série assume a posição Número 6, à frente de hits como Despercebida e Cidade Invisível.

A trama de Transatlântico adapta para a TV o livro “The Flight Portfolio”, de Julie Orringer, que por sua vez, acompanha as aventuras reais de Varian Fry, Mary Jayne Gold, Albert Hirschmann e os outros membros do Comitê de Resgate Emergencial (ERC).

Para quem não conhece, o ERC foi um grupo internacional de jovens heróis que salvou milhares de refugiados durante a Segunda Guerra Mundial.

Colocando a própria vida em jogo, os integrantes do ERC ajudaram cerca de 2 mil pessoas a escapar da França (então ocupada pelas forças nazistas) em meio ao conflito.

Entre esses refugiados estavam alguns dos mais brilhantes artistas e pensadores da Europa, vistos como “degenerados” e “subversivos” pelos nazistas – como Andre Breton, Hannah Arendt, Marcel Duchamp, Max Ernst e Marc Chagall.

A atuação do grupo permaneceu desconhecida por muitos anos, mas após o fim da Guerra, os integrantes do ERC foram celebrados como heróis internacionais.

O jovem jornalista Varian Fry, interpretado por Cory Michael Smith em Transatlântico, foi um dos líderes do grupo. Supostamente, ele chegou à cidade francesa de Marseille em 1940 – com 3 mil dólares amarrados no corpo, uma lista de 200 nomes e a missão de salvar centenas de intelectuais da opressão de Adolf Hitler.

Na Europa, ele criou um grupo formado por pessoas de vários países e um objetivo em comum: resgatar o maior número possível de refugiados e tirá-los do alcance das forças nazistas. Para isso, ele alugou a Villa Air-Bel (que é recriada em Transatlântico) e transformou a residência em um centro de operações.

Vários personagens de Transatlântico, incluindo o próprio Fry, existiram na vida real. Lisa Fittko (interpretada por Deleila Piasko), por exemplo, criou uma rota de fuga na Espanha, ajudando a guiar centenas de refugiados pelas montanhas dos Pirineus.

Por outro lado, como citamos anteriormente, a série adota grandes liberdades criativas para desenvolver sua história real. Anna Winger, produtora e roteirista da série, em uma entrevista recente, revelou uma conexão pessoal com a trama.

“Na verdade, meu pai me contou essa história, porque conhecia algumas pessoas envolvidas nela. Ele conheceu Lisa Fittko em Chicago. Eles faziam parte da mesma organização que protestava contra a Guerra do Vietnã nos anos 60. E ele conhecia Albert Hirschman porque ambos eram professores em Harvard nos anos 70”, explicou a roteirista.

Transatlântico está disponível no catálogo brasileiro da Netflix.

Fonte: Observatório do Cinema

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