Esportes

Futebol feminino: Ex-jogadoras pontuam sobre esporte no país

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Rosana falando sobre o futebol feminino. Foto: Reprodução.

O futebol feminino vêm ganhando visibilidade e reconhecimento a passos lentos. Mesmo depois de muita história, o esporte praticado pelas mulheres enfrenta desigualdades salariais, dificuldades técnicas e pouco investimento. Durante a década de 20 já foram registradas as primeiras partidas exclusivamente femininas, porém, até a década de 40, ainda não há histórico da formação de clubes que representassem e formalizassem a modalidade esportiva. Parece impossível, mas por um tempo, a prática do futebol por mulheres chegou a ser proibida por lei, por ser um esporte “agressivo.

Mesmo com a revogação da lei, apenas no ano de 1983 a modalidade foi regulamentada, fazendo com que a FIFA organizasse uma competição mundial em 1988, de modo experimental. Somente em 1991 veio a primeira conquista: a primeira Copa do Mundo feminina.

Isso não fez com que o esporte fosse popularizado. Atualmente os times e jogadoras ainda enfrentam muitas dificuldades. E a luta parece estar longe do fim. As ex-jogadoras Rosana dos Santos Augusto e Francielle Manoel Alberto, participaram de uma bate-papo com a Betway – site de apostas esportivas – afim de apoiar o esporte, mesmo estando afastadas das quadras.

Francielle se aposentou com 29 anos, com uma lista memorável de prêmios conquistados junto à seleção brasileira, como uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Já Rosana, deixou os gramados aos 36 anos, após sua participação em quatro Olimpíadas e Copas do Mundo e três Pan-Americanos.

Rosana explica sua aposentadoria e o motivo de estar levantando a bandeira da defesa ao futebol feminino: “Eu me preparei para parar, eu realmente já estava muito desgastada de estar dentro do campo e de não brigar muito mais pelo futebol feminino como agora que estou de fora”, relatou a ex-jogadora.

Copa do Mundo na França

Este ano o futebol feminino teve um marco: a Copa do Mundo de Futebol Feminino, na França, entre os meses de junho e julho, sendo a oitava edição do campeonato. Com maior apelo diante do público, a competição alcançou números históricos. Segundo o Ibope, somente no Brasil, as transmissões televisas do jogo no qual o Brasil foi eliminado nas prorrogações, pela França, foram 35 milhões de expectadores.

E mesmo depois do encerramento do grandioso evento esportivo, o futebol feminino continua sendo destaque na imprensa brasileira. A competição trouxe duras críticas das jogadoras à falta de infraestrutura, investimentos, patrocínio e até mesmo apoio da torcida. Isso resultou no desligamento de Oswaldo Alvarez, o Vadão, pela Confederação Brasileira de Futebol, a CBF. No final do mês de julho, a sueca Pia Sundhage foi nomeada como a nova técnica da Seleção Brasileira feminina, com uma promessa de reformulação na categoria.

Francielle ressaltou a importância da Copa do Mundo, que trouxe atenção das mídias e de empresas. “Eu estou muito feliz de ver uma Copa do Mundo em TV aberta e de ver as jogadoras com patrocínio”, revelou Francielle. Rosana está mais esperançosa com essa conquista. “Dessa vez eu estou mais esperançosa, porque há um movimento diferente dos outros anos, as pessoas começaram a captar recursos para o futebol feminino. É uma progressão e o futebol feminino vai explodir”.

Confira abaixo a entrevista das esportistas à Betway, na qual elas pontuam as dificuldades, a aposentadoria prematura, comentam suas carreiras, o desejo pela equidade com o futebol masculino e muito mais!

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