No último meio de semana, o Napoli conquistou grande vitória por 3 a 2 sobre o RB Salzburg, em duelo válido pela terceira rodada da fase de grupos da Champions League. O triunfo fora de casa só foi possível pela excelente performance de Dries Mertens, autor de dois gols pelo clube italiano. Com a doppietta anotada, o atacante alcançou uma marca histórica, pouco repercutida pela grande imprensa no Velho Continente: chegou aos 116 tentos com a camisa napolitana, mesma marca de Diego Maradona..
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Em Nápoles, Maradona é tratado como uma espécie de semideus. É, sem dúvida, o maior nome que já vestiu a camisa do clube e, por ter performado em alto nível nos anos que lá atuou (1987/90), foi alçado ao posto de maior ídolo partenopei. O fato da estrela argentina ter vestido a camisa azul é motivo de orgulho atemporal na cidade, prestígio inimaginável de ser alcançado por qualquer outro jogador. Dries Mertens, no entanto, merece mais louros, reverências e destaque do que recebe na Itália e na Europa, no geral.
Contratado pelo Napoli em 2013, o belga tem sido um dos nomes mais regulares da equipe desde então, sempre entregando, silenciosamente, no mínimo 20 gols por temporada. É questão de pouquíssimo tempo – provavelmente ainda em 2019, aliás -, até que o camisa 14 se torne o maior artilheiro da história do clube italiano, posto atualmente ocupado por Marek Hamsik. Também ídolo, o meia eslovaco deixou a Itália no início deste ano após 12 temporadas como atleta napolitano, período em que anotou 121 gols. Dries Mertens, portanto, precisa de apenas seis gols para assumir a primeira posição no ranking de goleadores.
Subestimado no Velho Continente, o belga ainda merece valorização por sua lealdade ao clube italiano, algo que o torcedor napolitano não está tão habituado nesta década. Isso porque algumas das grandes estrelas que vestiram a nove do time partenopei acabaram buscando novos rumos, em busca de títulos ou maior valorização financeira: Cavani e Gonzalo Higuaín são exemplos disso. Mertens, por sua vez, recusou investidas múltiplas ao longo dos últimos anos, semeando sua idolatria no San Paolo.
Fonte: 90min
