Nada é tão ruim que não possa piorar. Que o diga o Cruzeiro. Rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro pela primeira vem em sua história, o clube de Belo Horizonte não apenas terá que lidar com um cenário inédito na sua trajetória em 2020. Precisará, sim, ajeitar a sua administração com bem menos recursos do que normalmente uma instituição de seu porte tinha quando enfrentava os horrores da segunda divisão.
A mudança na divisão dos direitos de transmissão afetará diretamente o futuro do Cruzeiro, que já não receberá nada referente à performance na competição que terminou neste domingo – se tivesse ficado uma posição à frente e garantido permanência na elite, embolsaria R$ 11,22 milhões, por exemplo. Além disso, ao contrário do que acontecia até então, no ano que vem a Raposa não poderá manter o contrato que tinha na primeira divisão. Assim, terá que optar em receber a cota fixa de um clube da B (cerca de R$ 8 milhões) ou os valores do pay-per-view, que são variáveis.
Isso aqui é um choque de realidade muito cruel para o Cruzeiro.
Por ter sido rebaixado e antecipado cotas, o clube só tem a receber R$ 10 milhões da TV em 2020. Não paga nem uma folha salarial atual.
Há apenas 23 mil sócios adimplentes – e enorme desconfiança das administrações https://t.co/vgHdJrcXJL
— Victor Canedo (@vcanedo) December 9, 2019
Em 2019, somando TV aberta, fechada e PPV, os mineiros tiveram direito a cerca de R$ 70 milhões. Em 2020, em optando em ficar apenas com os valores de pay-per-view (o que é o mais provável), a soma deve chegar a R$ 30 milhões. Porém, como a maior parte da cota já foi adiantada pela administração Wagner Pires de Sá ainda em 2018, a tendência é de que a Raposa receba apenas R$ 10 milhões pela temporada inteira. Para um clube que deve cerca de R$ 700 milhões e tem suas despesas totalmente descontroladas, será, no mínimo, um desafio.
Fonte: 90min
