Ciência & Tecnologia

CEO da Microsoft se desculpa por gafe sobre salário feminino




O presidente da Microsoft, o indiano Satya Nadella, se desculpou na sexta-feira (10), por ter sugerido, durante uma conferência sobre mulheres e tecnologia, que mulheres não peçam aumentos em seus salários e, em vez disso, tenham “fé no sistema”.

Nadella sugeriu no evento que mulheres ficariam com “um bom carma” caso não solicitassem maiores vencimentos.

“Não se trata exatamente de pedir um aumento, mas entender e ter fé de que o sistema lhe dará isso quando chegar a hora”, disse ele.

“Isso é um bom carma. E o aumento virá porque essa é uma pessoa em quem eu quero confiar”, acrescentou o executivo.

No evento, a mediadora, Maria Klawe, presidente da Harvey Mudd College e diretora da Microsoft, discordou imediatamente de Nadella. Ela sugeriu que as mulheres avaliem os níveis salariais e, então, peçam aumentos.

‘Pouco articulado’
A polêmica foi instantânea na internet, especialmente no Twitter, levando o executivo a se retratar.

Em um e-mail enviado a funcionários, ele afirmou que respondeu à pergunta “de forma completamente errada” e que apoia programas para reduzir a desigualdade salarial entre homens e mulheres “de todo o coração”.

Além de pedir desculpas, o executivo concordou no e-mail com o Klawe disse no evento.

“Maria me perguntou qual conselho eu daria a mulheres que não ficam confortáveis em pedir aumentos de salário. Eu respondi à pergunta de forma completamente errada”.

“Sem dúvida, eu apoio, de todo o coração, os programas da Microsoft e no setor que traz mais mulheres para a tecnologia e reduzir a desigualdade salarial entre gêneros. Acredito que homens e mulheres devem receber salários iguais por desempenhos iguais.”

“E quando se trata de um aumento salarial que você acha que você merece, o conselho de Maria é o correto. Se você acha que merece um aumento, você deve pedir.”

Ele também tuitou admitindo que foi “pouco articulado” em sua resposta na conferência.

Nascido na Índia, Nadella se tornou presidente da Microsoft no início deste ano, no lugar do americano Steve Ballmer.

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