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Monstro marinho de 150 milhões de anos é um achado de “1 em 1 bilhão”




Monstro marinho de 150 milhões de anos é um achado de

Um pliossauro jurássico de 2 metros, monstro marinho da espécie que formou os primeiros megapredadores do oceano na história, será exposto em um museu de Dorset, na Inglaterra. Os fósseis do animal têm 155 milhões de anos e consistem de seu crânio, cravejado de impressionantes dentes afiados. O restante do corpo está ainda preso em falésias na costa do país, adicionando à curiosidade de seus restos mortais.

O focinho do réptil marinho foi encontrado por acaso na praia de Kimmeridge Bay por um entusiasta de fósseis, o que levou ao estudo e encontro do restante do crânio a meio caminho falésia acima, estrutura costeira que já estava erodindo. A retirada do fóssil foi feita por uma equipe pendurada em cordas sob o risco de desabamento, rendendo cenas cinematográficas. O fóssil rendeu um filme documental pela BBC, chamado Attenborough e o Monstro Marinho, já que Sir David Attenborough narra a versão original.

A exposição do pliossauro

O crânio que ficará em exposição é um dos espécimes mais bem preservados já encontrados, permitindo descobertas muito interessantes aos cientistas. Estimativas apontam que sua bocarra, preenchida por 350 dentes extremamente aguçados, se aproveitavam de músculos aglomerados em buracos cavernosos em ambos os lados do crânio para gerar uma mordida poderosa.


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Cálculos mostram que a força da mordida da espécie chegaria na mesma categoria de um Tiranossauro rex, gerando o apelido de “rex dos mares”. Enquanto o T. rex teria 45.000 newtons de força nas mandíbulas, o pliossauro britânico teria 33.000 newtons, o dobro de um crocodilo de água salgada dos dias de hoje, com 16.000 newtons.

A espécie encontrada em Dorset é nova à ciência, e deve ganhar um nome após pesquisas mais aprofundadas. Ela podia crescer entre 10 e 12 metros de comprimento, e, como outros pliossauros, nadava pelos mares com quatro nadadeiras semelhantes a remos. Matando com uma mordida única, acredita-se que o animal engolia as presas de uma só vez, e não tinha problemas em se alimentar de seus próprios companheiros de espécie, como marcas de dentes em outros pliossauros deixam claro.

A exposição mostra o crânio de maneira intimidadora, com os dentes salientes emulando a encarada do monstro marinho. Segundo os responsáveis, a ideia é impressionar, especialmente as crianças visitantes. É possível ver algumas das características diferenciadas do espécime, como a crista craniana mais alta. A ideia dos cientistas é retornar às falésias de Kimmeridge para tentar recuperar o restante do corpo da criatura, antes que a erosão o jogue de volta ao mar.

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Fonte: Canaltech

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