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Fórmula 1 quer novos fabricantes e motores mais simples até 2026




Fórmula 1 quer novos fabricantes e motores mais simples até 2026 - 1

O futuro da Fórmula 1 terá carros menores, mais leves e com melhor aerodinâmica, além de motores mais simples e, possivelmente, novos fornecedores de unidades de potência. Foram essas algumas das mudanças anunciadas nesta semana pela FIA (Federação Internacional do Automóvel) no regulamento da categoria, que também incluem alterações em formatos de corridas, com algumas podendo ser implementadas já em 2023.

Para o ano que vem, segue em discussão o aumento no número de corridas sprint — provas menores, normalmente realizadas no sábado, que valem pontos e definem o grid de largada para os grandes prêmios. O formato agradou aos fãs, aumentou a audiência das transmissões e deixou dirigentes de equipes felizes; eles agora querem seis provas desse tipo em 2023, ao contrário de três, como no calendário deste ano. A FIA se mostrou contra, mas agora admite estudar a proposta.

Enquanto isso, a partir de 2023, o uso de câmeras no capacete será obrigatório para todos os pilotos. O recurso apareceu de forma experimental em 2021 e vem sendo usado em todas as provas da atual temporada, mas apenas em alguns dos atletas, com a ideia sendo que todos passem a usar o dispositivo para melhorar a tomada de decisão pelos fiscais e adicionais elementos às análises de punições e movimentos de corrida. A alteração também pode levar a uma mudança no fornecedor do equipamento de segurança, mas isso não foi confirmado ainda.


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Nas mudanças mais drásticas, porém, a FIA segue comprometida em tornar os carros de Fórmula 1 menores, mais velozes e aerodinâmicos, além de sustentáveis. A organização viu com bons olhos as alterações deste ano e quer mais, com um aumento no downforce (força que faz com que o carro se aproxime do solo, aumentando a aderência) oriundo de uma redução na dimensão dos monopostos.

Métricas diretas e números não foram passados, mas a ideia é que as novas especificações sejam aplicadas a partir de 2026 e, claro, levem em conta todos os robustos dispositivos de segurança disponíveis. A ideia é ampliar ainda mais as disputas que estamos vendo agora em 2022, enquanto os carros geram menos turbulência e se tornam mais estáveis.

Audi, Porsche e Volkswagen na Fórmula 1?

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FIA quer atrair novos fornecedores e até escuderias para as próximas temporadas da Fórmula 1, reduzindo a complexidade de motores e obrigando o uso de componentes em comum (Imagem: Divulgação/Fórmula 1)

Mudanças também serão feitas nos motores, que continuarão a ser unidades V6 de alta potência, mas sem elementos como o MGU-H, que usa uma turbina para reaproveitar energia e carregar uma bateria, aumentando momentaneamente a velocidade. O sistema que faz isso a partir dos freios permanece e se tornará mais potente, enquanto, de maneira geral, a ideia é que os componentes usem peças mais sustentáveis e com materiais recicláveis, comuns a todos os fabricantes.

A ideia da FIA é que a redução na complexidade aumente a competitividade, tanto na medida em que as unidades se tornam parecidas, quanto pela entrada de novos fabricantes e escuderias. Os rumores apontam, por exemplo, para um interesse de marcas como Volkswagen e Porsche em se tornarem fornecedoras de motores para a Fórmula 1, com a última trabalhando ao lado da Red Bull. Também há conversas sobre a Audi, que gostaria de montar uma equipe própria.

A corrida pela sustentabilidade também aparece nos combustíveis, com a FIA esperando zerar as emissões de carbono até 2026, usando gasolina sintética e realizando campanhas de incentivo para que os espectadores conservem o meio-ambiente. Ainda, mudanças devem ser realizadas nos regulamentos relacionados ao uso de túneis de vento e testes em pistas fechadas.

Isso caminha ao lado do maior uso de tecnologia, com empresas como AMD, Oracle e Amazon Web Services envolvidas em esforços de análise de dados e entrega de relatórios. Essa telemetria também vale para garantir que as regras que trouxeram maior competitividade para a Fórmula 1 não sejam quebradas ou se tornem inúteis em alguns anos, auxiliando em decisões como as tomadas nesta semana pela FIA.

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Fonte: Canaltech

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