Às vezes, dados e imagens coletados há muitos anos por telescópios podem proporcionar uma nova descoberta. Esse foi o caso de uma imagem da Nebulosa do Caranguejo, capturada pelo Hubble em 2005, que voltou a se destacar graças a uma voluntária da comunidade Hubble Asteroid Hunter. Ela encontrou uma verdadeira trilha de asteroides em formato de arco, enriquecendo ainda mais o cenário.
De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), em um comunicado emitido na segunda-feira (14), os pesquisadores dedicados ao projeto Hubble Asteroid Hunter podem usar as imagens do telescópio “para inferir as posições e velocidades dos asteroides”. Ou seja, “eles podem determinar as órbitas e trajetórias futuras de asteroides conhecidos e previamente desconhecidos com maior precisão do que antes”.
Melina Thévenot, uma das astrônomas voluntárias da plataforma, encontrou a rocha espacial na imagem da Nebulosa do Caranguejo e depois processou a imagem para destacar o caminho do asteroide. A ESA ainda destacou o trabalho da entusiasta alemã, que de acordo com a agência, “foi uma das principais voluntárias do projeto” Hubble Asteroid Hunter.
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Essa é uma técnica útil de busca em imagens antigas para coletar mais informações sobre asteroides, e isso ajuda cientistas que estudam objetos próximos à Terra a encontrarem possíveis ameaças ao nosso planeta.
Hubble Asteroid Hunter
O Hubble Asteroid Hunter é uma plataforma da ESA na qual os colaboradores podem ajudar a comunidade científica a identificar asteroides nas imagens do Hubble. Usando as informações obtidas de observações anteriores, é possível calcular as trajetórias das rochas espaciais e compará-las com as imagens do arquivo do telescópio espacial no portal ESASky.
Se um asteroide estiver na imagem, os pesquisadores podem obter a posição e reportar ao Minor Planet Center, da União Astronômica Internacional (IAU), onde os dados são usados para prever a trajetória futura desses corpos celestes. O objetivo é estudar a história e do Sistema Solar e identificar possíveis ameaças de impacto à Terra.
Por meio desse projeto, mais de 1.900 voluntários identificaram mais de 300.000 trilhas de asteroides em quase 11.000 imagens em apenas 1,5 mês, de acordo com a ESA. A agência planeja publicar um novo conjunto de imagens em breve para os voluntários trabalharem na busca por novos asteroides “escondidos”.
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Fonte: Canaltech