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Bomba! Vazam áudios de Mark Zuckerberg em reunião com funcionários do Facebook




Bomba! Vazam áudios de Mark Zuckerberg em reunião com funcionários do Facebook - 1

Que fase a do Facebook. Em um momento que deveria ser de calmaria (pelo menos na aparência) — afinal, a empresa se ajeitou com as autoridades e teve aumento significativo do valor de suas ações —, vem mais uma bomba para a rede social.

O The Verge obteve duas horas de áudios vazados de Mark Zuckerberg em reunião com funcionários. Entre os temas abordados, tivemos concorrentes, a mídia, críticos e, claro, o governo dos Estados Unidos.

Entendendo melhor

O mês de julho foi de tirar o fôlego. O Facebook recebeu uma multa de US$ 5 bilhões da Federal Trade Commission devido ao escândalo Cambridge Analytica. Depois disso, a companhia firmou um acordo com a Securities and Exchange Commission alegando ter cometido um equívoco junto aos investidores sobre os riscos de dados incorretos dos usuários. Por esta firma, foi desembolsado um valor insignificante de US$ 100 milhões. E, por fim, a rede social divulgou seus ganhos trimestrais em 24 de julho, que superaram as expectativas dos investidores e acabaram por elevar o valor das ações.


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Dentro da empresa o clima era bem mais tenso. Vários candidatos presidenciais de 2020, liderados pela senadora Elizabeth Warren (Democratas), pediram a separação do Facebook de suas empresas controladas, como WhatsApp e Instagram. A introdução da Libra, a criptomoeda criada pelo Facebook, enfrentou forte resistência de reguladores de todo o mundo, preocupados com a possibilidade de desestabilizar o sistema financeiro global.

Essas questões foram levantadas em duas reuniões abertas com os funcionários em julho e foi daí que surgiram os áudios. Essas reuniões foram no formato de perguntas e respostas entre Zuckerberg e seus colaboradores. Em uma linguagem geralmente mais sincera do que costuma usar em seus comentários públicos, Mark tentou unir a empresa contra seus concorrentes, críticos e o governo dos EUA.

Vejam alguns dos pontos principais dos áudios:

Sobre o desmembramento da empresa

Ele prevê que o Facebook processará o governo para impedir que a empresa seja desmembrada, classificando o momento como “existencial” para o Facebook, mas reconheceu que “ainda será uma m…”. Respondendo a uma pergunta feita por um funcionário sobre a proposta de Warren de fazer com que o Facebook saia do Instagram e WhatsApp.

“Você tem alguém como Elizabeth Warren que acha que a resposta certa é desmembrar as empresas. Se ela for eleita presidente, eu apostaria que teremos um desafio legal, e apostaria que venceríamos. E isso ainda é ruim para nós? Sim. Mas não quero ter um grande processo contra nosso próprio governo. Essa não é uma posição em que você quer estar, mas nos preocupamos com o nosso país e queremos trabalhar com o nosso governo e fazer coisas boas. Mas veja, no fim das contas, se alguém tentar ameaçar algo tão existencial, você vai para o tatame e luta”

Concorrentes

Ele também disse que o tamanho do Facebook é a única razão pela qual ele pode efetivamente combater a interferência eleitoral, fazendo uma comparação “negativa” com o Twitter. “É por isso que o Twitter não pode fazer um trabalho tão bom quanto possível”, disse Zuckerberg.

“Eles enfrentam, qualitativamente, os mesmos tipos de problemas. Mas eles não podem investir. Nosso investimento em segurança é maior que a receita total de sua empresa”.

Em outras partes da conversa, Zuckerberg apresentou um plano para interromper o avanço global de seu concorrente mais recente, o app de vídeo da ByteDance, TikTok. A empresa introduziu um app parecido chamado Lasso e o lançou no México — onde o TikTok ainda não fez incursões — na tentativa de aperfeiçoar o produto antes de lançá-lo em outro lugar.

“Temos um produto chamado Lasso que é um aplicativo independente em que estamos trabalhando, tentando ajustar o mercado do produto em países como o México. Estamos tentando primeiro ver se conseguimos fazê-lo funcionar em países onde o TikTok ainda não é grande antes de competirmos com o TikTok nos países em que ele é [popular]”.

Moderadores de conteúdo e críticas da mídia

O CEO do Facebook também falou sobre os desafios que a empresa enfrenta, seja sobre a quantidade extraordinariamente grande de tempo de inatividade do Facebook este ano ou sobre quais obrigações a empresa tem para seus 30 mil moderadores de conteúdo contratados, algo que tem sido bastante questionado e criticado pela mídia, sobretudo devido às condições insalubres de trabalho dessas pessoas.

“Algumas reportagens são um pouco exageradas, eu acho. Elas parecem vasculhar e até entender o que está acontecendo, mas parecem apenas ver o lado terrível das coisas o dia todo. Existem coisas muito ruins com as quais as pessoas precisam lidar, de fato, e temos que garantir que as pessoas recebam o aconselhamento, o espaço e a capacidade certas de fazer pausas e obter o apoio à saúde mental de que precisam. É algo realmente importante “

O The Verge transcreveu as duas horas de áudio de Mark Zuckerberg. Caso você tenha interesse em ver todo o conteúdo, basta acessar os links de fonte deste texto.

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Fonte: Canaltech

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