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Os 10 melhores filmes de fantasia disponíveis na Netflix




Os 10 melhores filmes de fantasia disponíveis na Netflix - 1

Listar os melhores filmes de fantasia da história do cinema seria um trabalho enorme e tão pretensioso quanto compor qualquer lista individual. Resumir aos melhores disponíveis em uma provedora de streaming (como o é a Netflix) ajuda, mas ainda assim é uma ambição que nunca vai ter um final 100% feliz. E há um motivo especialmente influente quando se tentar elencar filmes dessa forma: a identificação. Quando se trata de fantasia, tudo ganha outras proporções, porque mexer com o imaginário é algo quase sagrado e é, sobretudo, intransferível.

Pensando nisso, a ideia das minhas listas de cinema geralmente é indicar. Sem a menor pretensão de criar algo exato, definitivo ou qualquer coisa do tipo, os filmes citados e brevemente resenhados mais abaixo servem como indicações para quem não os assistiu ou para quem gostaria de reassisti-los. Para mim, é óbvio que, dentro do catálogo da Netflix, podem ser encontrados outros tão bons quanto, mas, como dito, isso vai depender de questões subjetivas do imaginário e, claro, do gosto pessoal (até por isso a lista é bem diversa).

Sem mais demora e dentro dessa abordagem sem verdades absolutas, vamos à lista dos 10 melhores filmes de fantasia disponíveis na Netflix:


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10. Matilda

Começar a lista com um filme tão querido é sempre bom, ainda mais quando esse filme é dirigido de uma maneira que parece abraçar o espectador e por um sujeito que é igualmente apreciado. O que Danny DeVito faz com o roteiro de Nicholas Kazan e Robin Swicord é, aliás, não somente de uma demonstração de carinho enorme pelo cinema, é de uma sinceridade com o livro de Roald Dahl que deixa Matilda com um ar de seriedade tão intenso que, felizmente, nada é condescendente com as crianças. Ao mesmo tempo, o filme fica aberto para o encantamento dos adultos sem duvidar de suas inteligências. De quebra, ainda consegue ser engraçado. Um grande filme.

9. Jumanji

Permanecendo em uma pegada parecida (mas nem tanto), Jumanji teve uma recepção morna da crítica em 1995. Isso porque o filme parece mais interessado em ser um game do que manter-se dentro de uma estrutura de roteiro convencional. A meu ver, é justamente aí que o trabalho do diretor Joe Johnston acerta mais, fazendo com que Robin Williams seja o protagonista de uma história que vai ultrapassando fases cada vez mais difíceis até desaguar na rua e modificar o cenário local. Um filme que, ao seu modo, marcou uma geração e que vem sendo repaginado de maneira bem interessante.

8. Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível

Diferente dos muitos filmes comerciais produzidos pela Disney, Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível tem uma abordagem mais contemplativa do que enérgica e, no geral, está entregue a misturas bem agradáveis de humor e seriedade, ingenuidade e sabedoria, leveza e peso… tudo aliado ao capricho sempre presentes nos filmes dirigidos por Brad Bird. O filme consegue ser nostálgico e demonstrar como são imprecisas as avaliações sobre o futuro. O que virá não se controla. O que se pode controlar é o agora e esse está passando sem parar.

7. O Cristal Encantado

Dirigido por magos dos Muppets (Jim Henson e Frank Oz), O Cristal Encantado é cheio de criaturas incríveis. Saídas de troncos de árvores, de um pântano ou da vegetação rasteira, cada ser brilhantemente animado – ainda mais em se falando de efeitos inteiramente práticos – têm claramente vida nos olhos. Isso é fundamental para um filme que assume o seu universo lúdico: acaba por se doar para as crianças de uma maneira capaz de fazê-las chorar de rir (quando o pequeno Fizzgig faz birra essas lágrimas dos pequenos saltam) e conquista a todos com uma beleza muito além da estética.

6. Constantine

Outro filme que teve uma recepção bem morna da crítica. Há controvérsias. A verdade (pelo menos a minha) é que Constantine tem um tom tão sombrio – auxiliado por uma atuação de Keanu Reeves deliberadamente sem energia – que o ato de John Constantine fumar enquanto caminha entre demônios e prestes a morrer não acrescenta, apenas fundamenta a pegada hardcore auxiliada pela presença de um Satanás que veste um terno branco e pelo Gabriel andrógino de Tilda Swinton. Um filme que tem seu universo bem delineado e que merece todo o reconhecimento por isso.

5. Sete Minutos Depois da Meia-Noite

J.A. Bayona é um diretor de uma intensidade singular. Nada, por mais que seja simples, passa pelo seu olhar sem ganhar contornos instigantes. Contos de fadas mais sombrios, como Sete Minutos Depois da Meia-Noite, nesse sentido, tornam-se intensos a ponto de o peso emocional dominar todo o resultado. O drama aqui, então, acaba por ter alguma dificuldade em encontrar público, dada a pegada com camadas muito além da superficial que pode afastar as crianças menores. Ainda assim, é um filme comovente, que compreende a doença da depressão como poucos e que dá uma boa sacudida… impossível de esquecer por inteiro.

4. Jack e a Mecânica do Coração

Romantismo em profusão, bebido d’Os Sofrimentos do Jovem Werther (de Goethe)… gótico, burlesco, entregue a emoções fortes que parecem guiar o todo… Jack e a Mecânica do Coração é uma animação muito diferente das mais comuns e única na forma que lida com cada símbolo. A liberdade com que o roteiro é tratado pela direção de Stéphane Berla e Mathias Malzieu é contagiante e, quando tudo se entrega à grandiosidade, sabe-se que é um exagero fantasioso porque “o essencial é invisível aos olhos” (diria Saint-Exupéry).

3. O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei

Épico sem se envaidecer de sua grandiosidade, intimista quando precisa ser, dirigido de maneira cirúrgica por um ainda consciente Peter Jackson, O Retorno do Rei é um dos filmes mais monumentais da história do cinema. E é precedido por outras duas obras que só o engrandecem ainda mais. O Senhor dos Anéis está, em minha opinião, entre as cinco melhores trilogias já realizadas.

2. Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1

Os filmes do bruxo de J.K. Rowling foram crescendo com a geração até alcançar, para muitos, uma idade adulta um tanto quanto sombria com o terceiro. Para mim, aquele filme, na verdade, foi uma adolescência dark (sem deixar de ser um excelente filme), porque a maioridade é esse sétimo filme. Introspectivo na medida certa, reconfortante, nostálgico em relação a tudo que os anteriores mostraram, pesaroso com a compreensão do que virá na sequência, essa parte 1 das Relíquias da Morte é dos melhores filmes do seu ano e dos melhores filmes de fantasia e afins realizados no século XXI.

1. O Labirinto do Fauno

Guilhermo del Toro consegue unir realidade e fantasia em um filme de uma riqueza imaginativa que tem tanta força que acaba por adulterar o próprio gênero. O Labirinto do Fauno não depende da fantasia ou do mundo real, a compreensão destes que depende do filme. É um trabalho de tanto impacta, de tanta força visual e narrativa que, uma vez assistido, dificilmente será esquecido. Por mais que se tente deslembrar, nada pode ser mais forte do que uma história bem contada e da forma mais extraordinária que alguém poderia o fazer: tornando o mundo uma fantasia à mercê do filme. Uma obra-prima.

Menções honrosas:

Atlantis: O Reino Perdido: Uma espécie de Vinte Mil Léguas Submarinas no reino dos sonhos.

Convenção das Bruxas: Prestes a ganhar um remake, um filme que já é um clássico. Baseado em libro de Roald Dahl – o mesmo que escreveu Matilda.

As Crônicas de Spiderwick: Diverte sem jamais ofender, é infantil na medida certa e é consciente do seu papel.

Encantada: Musical dos mais divertidos que, mesmo longe de ser um primor, faz o roteiro do recente Cats parecer um trabalho escrito por um pombo lobotomizado.

Malévola: Há quem não goste, há quem releve, há quem goste e a quem acredite ser uma metáfora sobre a maternidade e tudo que a envolve.

A Princesa e o Sapo: Das coisas mais lindas que a Disney fez no século XXI.

Um Faz de Conta que Acontece: Seria o bônus Adam Sandler, mas o que ele merecia mesmo era uma indicação ao Oscar por Joias Brutas. De todo modo, Um Faz de Conta que Acontece é mais um filme da Disney na lista… e fica interessante mais do que pode justamente por causa da presença ingênua de Sandler em seu estado mais doce.

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Fonte: Canaltech

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