Um perfil falso do LinkedIn conseguiu mais de 170 conexões e um convite para uma entrevista de emprego na Google em poucas horas. O experimento foi conduzido pelo site How-To Geek e concluiu que “contas falsas no LinkedIn são impossíveis de detectar”.
A reportagem criou uma conta para o personagem falso de nome John, que ocupa um cargo na HP. A conexão com a empresa pôde ser realizada no LinkedIn porque a plataforma não solicita nenhuma comprovação aos usuários nem notifica as empresas de novas conexões.
Em seguida, John ganhou o título de “Tecnólogo de Inovação”, uma posição real que pode ser encontrada na lista de emprego da HP, além de experiências anteriores de trabalho nas empresas Exabeam e Salesforce. Já a foto usada para ilustrar a conta falsa foi gerada pelos algoritmos do site This Person Does Not Exist.
–
Participe do GRUPO CANALTECH OFERTAS no WhatsApp e garanta sempre o menor preço em suas compras de produtos de tecnologia.
–
Durante o experimento, as primeiras conexões de John foram com pessoas da própria HP, que não suspeitaram de um funcionário que elas nunca haviam visto e o aceitaram em sua rede.
O LinkedIn também adiciona automaticamente qualquer pessoa que se lista como um funcionário na página da empresa. Se pesquisar, você ainda consegue encontrar o perfil falso de John na conta da HP do LinkedIn. Tudo isso dá um tom legítimo para a história de John, mesmo com alguns detalhes suspeitos, como a ausência de um sobrenome.
E mesmo que a HP perceba que o usuário listado não é um de seus funcionários, removê-lo pode ser difícil: a empresa precisaria entrar em contato com o LinkedIn, explicar a situação e aguardar um feedback.
Conexões e pedido de entrevista
De acordo com o How-To Geek, John conseguiu somar 50 conexões com menos de duas horas de trabalho. Depois da primeira conexão, o processo decolou e a conta falsa até chegou a receber um convite de um funcionário da HP.
Para ganhar outras conexões, o perfil falso de John foi impulsionado por um serviço que adicionou mais 100 pessoas à sua rede social. Cada conexão falsa ainda atribuiu à John uma habilidade, que aparece em seu perfil e pode ser consultada por outros usuários.
Com a lista crescente de conexões e um bom histórico de trabalho na área de tecnologia, parecia apenas uma questão de tempo até que alguém desmascarasse o personagem. Em vez disso, a Google encontrou em John um bom candidato a um emprego.
Um recrutador da empresa entrou em contato com a conta falsa, dizendo que o histórico de trabalho de John o fazia um candidato potencial para uma posição aberta na Google. O recrutador pede ainda que marquem uma conversa.
Por fim, o How-To Geek ressalta que o LinkedIn poderia reduzir a chance de usuários criando contas falsas na plataforma ao permitir que empresas verifiquem quem são seus funcionários e disponibilizando ferramentas para remover usuários desonestos.
Outras medidas que podem ser tomadas pelo LinkedIn são usadas por outras redes sociais, como o selo de verificação de conta do Twitter e as ferramentas que detectam sinais de atividades suspeitas, como um perfil que recebe 100 convites de conexão de uma só vez.
O LinkedIn foi procurado pelo Canaltech para comentar a reportagem, mas ainda não recebemos retorno.
Trending no Canaltech:
- Por que instalar o WordPress na Hospedagem de Sites pode ser a melhor opção
- Primeira loja da Xiaomi no Brasil: confira uma prévia e produtos disponíveis
- Algoritmo identifica perfis sociais de mulheres em filmes pornô e levanta debate
- Netflix | Confira os lançamentos da semana (24/05 a 30/05)
- Robert Pattinson assina contrato e é oficialmente o novo Batman dos cinemas
Fonte: Canaltech