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Retrospectiva 2019: as notícias mais importantes do ano no mundo da Tecnologia




Retrospectiva 2019: as notícias mais importantes do ano no mundo da Tecnologia - 1

2019 foi um ano bem agitado – para o bem e para o mal – e o mundo da Tecnologia, claro, teve a sua fatia nesse bolo. Foram lançamentos e mais lançamentos de dispositivos diversos, empresas mandando bem, outras pisando na bola e até o espaço deu a sua contribuição nesses 12 meses que se passaram.

Pensando nisso e nas centenas de temas cobertos pelo Canaltech ao longo do ano, selecionamos as 10 notícias mais importantes de 2019 e que, de um modo ou de outro, impactou ou impactará a nossa vida. Confira abaixo!

10 – Os novos unicórnios brasileiros

Este foi um ano interessante para as startups brasileiras mais bem consolidadas em suas áreas de atuação. Isso porque, graças ao seu potencial lucrativo promissor, várias delas receberam investimentos de diversos fundos ou abriram suas ações na bolsa, tornando-se os novos unicórnios do pedaço – ou seja, empresas cujo valor mercado ultrapassa US$ 1 bilhão.


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Se empresas bem conhecidas dos brasileiros, como Nubank, iFood / Movile e 99 já faziam parte deste seleto grupo desde o 2018, esse ano o clube manteve seu ritmo de crescimento e ganhou novos membros. A Loggi, por exemplo, tornou-se um unicórnio em junho deste ano. Especializada em entregas por meio de um aplicativo, a startup levantou US$ 150 milhões originados do grupo japonês SoftBank.

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qQuem serão os novos unicórnios brasileiros em 2020?

Mesmo destino teve a Gympass, que funciona como um serviço de assinaturas de academias. Ela se tornou um unicórnio também em junho de 2019, mais precisamente uma semana depois da Loggi. A companhia recebeu um aporte de US$ 300 milhões de um grupo de investidores liderados pelo mesmo SoftBank e também pelo General Atlantic. Hoje, a Gympass está presente em 14 países, incluindo os EUA.

Outra startup bastante conhecida dos brasileiros a se tornar um recente unicórnio foi a QuintoAndar, uma plataforma online para aluguel e venda de imóveis e que dispensa a necessidade de burocracias típicas, como fiador, caução ou seguro-fiança na hora de fechar o contrato. A companhia – que, atualmente, está presente em 25 cidades e consegue fechar até 4,5 mil contratos mensais – obteve uma rodada de investimentos de US$ 250 milhões (mais uma vez liderada pelo SoftBank) e obteve valor de mercado de US$ 1 bilhão em setembro de 2019.

Entre outras empresas brasileiras que também se tornaram unicórnios recentes, estão a processadora de pagamentos Ebanx (outubro de 2019) e o estúdio de games mobile paulistano Wildlife (dezembro de 2019).

9 – A chegada dos novos Playstation e Xbox

Não se sabe se foi por causa do sucesso do Nintendo Switch ou porque seus equipamentos já estavam mesmo ficando defasados. Mas o fato é que Sony e Microsoft finalmente decidiram dar um passo adiante e anunciaram o PlayStation 5 e o Xbox Series X, os sucessores do Playstation 4 e Xbox One X, respectivamente.

O Playstation 5 foi anunciado oficialmente em outubro e, mesmo sem divulgar muitos detalhes, já se sabe que ele terá um hardware poderoso e chega ao mercado no final de 2020. Entre os recursos presentes, estão aceleração gráfica de ray tracing dentro da GPU, uma unidade SSD para armazenamento dos jogos, que poderão ser instalados e carregados de forma (bem) mais rápida e de forma compartimentada, além de leitor de Blu-ray em 4K por padrão.

Já a Microsoft, deu um pouco mais de detalhes sobre seu novo videogame. Inicialmente apresentado como Xbox Series X, ele se chamará, simplesmente, Xbox, para não confundir o público. Além disso, a empresa apresentou o design do console que é um tanto, digamos, duvidoso…parece mais um grande paralelepípedo negro. A sua criadora mostrou também o novo joystick que acompanha o equipamento (semelhante aos antecessores, mas com um layout que privilegia a acessibilidade), os primeiros jogos e falou um pouco da configuração do brinquedo. Tudo isso, você pode saber clicando bem aqui.

8 – O fiasco da Libra

Anunciada com pompa e circunstância pelo Facebook em junho, a Libra – criptomoeda baseada em blockchain, desenvolvida a partir de um consórcio liderado pela própria rede social – prometia revolucionar o mercado financeiro mundial.

Motivos para isso não faltavam: ela seria utilizada em um ambiente populoso e popular, como é o caso do Facebook e suas respectivas plataformas. Além disso, tinha o apoio de gigantes do porte de MasterCard, Visa, Uber, Mercado Pago, PayPal, eBay, Vodafone, Booking.com e muitos outros, que se organizaram para viabilizar seu uso em serviços e transações, a partir de uma entidade chamada Libra Association. E, para completar, Mark Zuckerberg e cia. prometiam uma regulamentação própria em torno da moeda digital, que a tornaria segura a todos os usuários.

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Libra Association: a criptomoeda do Facebook virou a criança piolhenta que ninguém quer brincar

Mas, a cisma dos governos mundo afora com as criptomoedas – não sem uma certa dose de razão, diga-se – persiste. Junte isso aos problemas de privacidade apresentado pelo Facebook nos últimos anos, aliado ao temor de que a Libra seja usada para operações financeiras ilegais, além da falta de uma regulamentação sólida em torno das criptomoedas e pronto: bastou países como EUA e outros da UE falarem mais alto e quase todas as gigantes que formavam a Libra Association começaram a correr em debandada, abandonando o projeto e prometendo, “quem sabe”, voltar a ele mais para frente, quando o cenário for mais “favorável”.

Com isso, além do Facebook, apenas uma meia dúzia de companhias de grande porte ainda apoiam o projeto, mas sem aquela convicção de antes. Para completar, executivos da rede social já afirmaram que não lançarão a Libra até ter o sinal verde dos reguladores dos EUA e outros países. Ou seja, não esperem sentados por essa criptomoeda. Ele pode ter morrido antes mesmo de ver a luz do dia.

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7 – O fim dos likes no Instagram

Em julho, os administradores do Instagram colocaram em prática aquela que foi, talvez, a decisão mais importante de toda a história da plataforma: esconder a quantidade de likes dos posts de todos os seus usuários. Segundo os responsáveis, a ideia era torná-la mais “saudável” aos visitantes, fazendo com que eles se concentrem no que foi compartilhado e não no número de curtidas. Além disso, eles querem que a rede social em questão seja mais “saudável”, já que o fim dos likes podem diminuir as crises de ansiedade – e até depressão – dos usuários que anseiam em ver suas publicações aprovadas por seus seguidores.

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O sumiço dos “likes” do Instagram mexeu com o bolso de muita gente

O problema é que a medida atrapalhou a vida de muitos influencers (ou geradores de conteúdo, se você preferir) do Instagram, que tinham nas curtidas uma métrica importante para atrair patrocinadores (leia-se grana) ou mesmo aquele jabazinho esperto para mostrar aos amigos. O número de likes continua visível ao dono do perfil, mas não aos seus seguidores, ou mesmo às agências de marketing digital, que precisariam solicitar esses dados aqueles com quem ela desejava iniciar uma ação de marketing.

Com a chiadeira, o Instagram resolveu afrouxar um pouco a nova regra: em alguns países, como Brasil e Canadá, já é possível visualizar o número de curtidas em fotos e vídeos, mas não para todos. Ainda em fase de testes, a volta do recurso foi direcionada a perfis mais populares. Além disso, já existem ferramentas online gratuitas, como o VejaLike, o Follower Analyzer e o Reports+, que permitem que você dê aquela xeretada nessa métrica de engajamento, mesmo que ela não apareça na rede social.

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6 – O fiasco inicial do Galaxy Fold e o sucesso do Moto Razr entre os smartphones dobráveis

O primeiro semestre de 2019 tinha tudo para ser o de consagração da Samsung. A linha Galaxy S10 vendia bem, os prognósticos para o Note 10 também eram animadores e, a cereja do bolo, a empresa sul-coreana seria a primeira a colocar no mercado o tão esperado smartphone com tela dobrável: o Galaxy Fold. O próximo passo era colocar o aparelho na mão da imprensa especializada e correr para o abraço diantes dos elogios a um dispositivo tão inovador. Mas, parafraseando Mané Garrincha: “Faltou combinar com os russos”.

Diversos jornalistas da imprensa especializada norte-americana que receberam o Galaxy Fold para testes apontaram falhas estruturais no aparelho, incluindo no único lugar onde ele não poderia apresentar problemas: sua tela dobrável. A sessão de pauladas foi tão feia, que a Samsung resolveu cancelar o lançamento do dispositivo para o segundo semestre e levou ele de volta para a prancheta, para consertar o que havia de errado.

Com isso, o lançamento oficial do aparelho ocorreu apenas em setembro – inicialmente na Coreia do Sul. Depois, ele foi chegando nos meses seguintes, de forma gradual, em alguns outros países, como EUA, Reino Unido e Alemanha. No entanto, todo o hype imaginado pela Samsung para o dispositivo, lá no começo do ano, desapareceu – até porque, para completar, o preço dele é pouco convidativo: quase US$ 2 mil.

Por sua vez, a Motorola, quem diria, foi muito mais certeira na hora de lançar o seu representante nessa categoria. Primeiro, porque ela apostou na nostalgia (e no flip), ao basear o desenvolvimento do seu primeiro smartphone dobrável no seu modelo de maior sucesso de vendas: o Moto Razr V3.Com isso, o dispositivo ganhou um design elegante e absurdamente popular.

O segundo ponto de acerto foi vender o Razr 2019 como um aparelho com configurações mais modestas, logo mais barato e disponível em um número maior de países (ainda que ele custe nada acessíveis US$ 1.500). Por fim, a empresa não teve tanta pressa na hora de desenvolver o celular, apresentando-o no momento certo ao público e já anunciando: sua pré-venda foi tão alta, que ela precisou adiar o lançamento do Razr 2019 – que seria hoje – para o ano que vem, em data ainda não divulgada.

5 – A guerra do streaming começa de vez

Se até 2018, Netflix e Prime Video (da Amazon) lideravam com folga o mercado de streaming de vídeos, esse ano ficou marcado como aquele em o setor, finalmente, ganhou concorrentes à altura das duas gigantes. Em novembro, duas das mais poderosas marcas de entretenimento entraram nessa “guerra”: a Apple, com o seu Apple TV+ e a Disney, com o Disney +.

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A guerra do streaming promete revolucionar o mercado. E os nossos bolsos…

E, para o primeiro semestre de 2020, a fusão da Warner Media com a AT&T resultará no HBO Max, uma espécie de “Poderoso Megazord” do entretenimento audiovisual em streaming. Isso porque, além de todo conteúdo da HBO, o serviço trará todo o acervo da diversos outros canais e produtoras pertencentes à Warner Media. E isso inclui, atrações do quilate de Friends, Seinfield e The Office. Ou seja, ela consegue atingir a públicos de todas as faixas etárias e interesses.

No mais, para saber sobre como essa disputa funcionará em 2020, clique em nossa reportagem especial sobre o tema.

4 – A primeira foto real de um buraco negro

Abril nos presenteou com esta que é possível declarar a notícia científica mais importante do ano: a revelação da primeira imagem real de um buraco negro. A façanha foi possível por meio do louvável trabalho do Event Horizon Telescope (EHT), que conecta radiotelescópios ao redor do mundo inteiro para criar um telescópio virtual gigantesco, do tamanho da Terra, a fim de gerar potência suficiente para visualizar a área ao redor de um buraco negro — que se chama horizonte de eventos.

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A imagem real do buraco negro no centro da galáxia M87 (Foto: EHT)

O projeto observou dois buracos negros supermassivos com extensos horizontes de eventos: o Saggitarius A* (que fica no centro da Via Láctea) e o buraco negro no coração da galáxia M87 — este foi foi fotografado. Ele fica a 55 milhões de anos-luz da Terra e tem massa 6,5 bilhões de vezes a do Sol. Como não é possível ver um buraco negro, porque sua massa absurda gera uma força gravitacional tão forte que nada escapa dali (nem mesmo a luz), a ideia do EHT foi fazer este trabalho monumental para registrar a “sombra” dele. Seu horizonte de eventos mede pouco menos de 40 bilhões de quilômetros de diâmetro e foi lindamente registrado em uma imagem que entrou para a história — ainda que borrada.

A imagem levou dois anos para ser elaborada e o esforço envolveu 200 cientistas de 20 países. A foto, por sinal, foi mais uma comprovação de que Albert Einstein estava certo, pois reforça a coerência da Teoria da Relatividade Geral. Buracos negros foram previstos pelo físico há 100 anos e, agora, temos a comprovação visual de que eles realmente existem.

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3 – O Brasil entra de vez no radar da Amazon

Até 21 de janeiro de 2019, podíamos considerar o Brasil um mercado, digamos, periférico, da Amazon. Afinal, a empresa não tinha presença das mais relevantes por aqui e, ao que parecia, pouco prestava atenção no que acontecia em território nacional.

E motivos para achar isso não faltavam. No e-commerce, suas vendas eram restritas ao Kindle, meia dúzia de categorias e ao marketplace, onde lojistas terceiros usavam o site como vitrine para vender seus produtos. Nos dispositivos da marca, como dissemos há pouco, apenas o Kindle figurava por aqui. E no setor de serviços, o Prime Video luta bravamente com o Netflix, ainda que este último seja o preferido do público.

Mas, a partir do dia 22 de janeiro deste mesmo 2019, tudo mudou. Contrariando todas as expectativas a Amazon resolveu – em pouco menos de 10 meses – colocar de vez o Brasil em seu radar. Para isso, ela trouxe ao país boa parte do menu que a faz o maior e-commerce do mundo. E isso em um cenário econômico pouco animador.

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Amazon Prime: um choque pesado na concorrência

Em 22 de janeiro, a empresa expandiu seu e-commerce por aqui, iniciando a venda direta de produtos, ou seja, com estoque próprio; já no dia 10 de setembro, a gigante de Seattle trouxe para o Brasil o Amazon Prime, um serviço de entregas com frete gratuito ilimitado e sem valor mínimo, em que o usuário paga uma taxa única mensal, de apenas R$ 9,90. Além das entregas, ele dá acesso ainda a uma série de serviços focados em entretenimento, como o já conhecido Prime Vídeo, o Prime Music, o Prime Reading e o Twitch Prime.

E para completar, em outubro, a Amazon anunciou a chegada da versão em português da Alexa, sua assistente pessoal. E junto a ela, a marca expandiu sua linha de hardware no país, trazendo três dispositivos da popular série Echo: o Amazon Echo, o Echo dot e o Echo Show 5, alto-falantes inteligentes que trazem a Alexa integrada e pronta para executar ações ditas pelos usuários.

Para conhecer melhor todas as ações da empresa no país em 2019, é só clicar em nossa reportagem especial sobre o tema.

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2 – A volta oficial da Xiaomi ao Brasil

Mesmo depois de uma primeira passagem melancólica, a Xiaomi continuou no coração dos consumidores brasileiros, que sempre se mostraram ávidos por ter os smartphones com ótimo custo-benefício da marca. Prova disso são as inúmeras comunidades de fãs da companhia chinesa pelas redes sociais afora e a disposição em trazer seus dispositivos através de sites de importação, como o AliExpress, Banggood, Gearbest, entre outros.

De olho nesse potencial todo, a Xiaomi resolveu voltar ao Brasil. Tendo a importadora DL Eletrônicos como parceira, a empresa já abriu duas lojas da marca em São Paulo: a primeira, em 1° de junho, no shopping Ibirapuera, atraiu milhares de fãs, que não se importaram em ficar horas e horas na fila para conhecer o estabelecimento e, quem sabe, conseguir um dos ínúmeros produtos da marca com descontos que iam até 70%.

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Fila para acessar a loja da Xiaomi no shopping Center Norte, em São Paulo (Crédito da foto: Rui Maciel)

a segunda loja da Xiaomi foi inaugurada no dia 23 de novembro, no shopping Center Norte e contou com as mesmas filas e os mesmos milhares de fãs. A variedade de produtos – entre smartphones, aspiradores de pó, acessórios para celular, TVs e até patinetes – era a mesma, mas com um porém: os descontos não estavam tão generosos quanto da primeira vez.

Além das duas lojas na capital paulista, a Xiaomi planeja abrir mais lojas em outras cidades do Brasil já no primeiro semestre de 2020. Além disso, ela passa a vender seus produtos tanto em sua loja online, quanto na de outros e-commerces e operadoras, estratégia que ela não havia adotado da primeira vez e que se provou um (enorme) erro. Agora é ver o quão fãs da marca são os brasileiros ou se eles só estão de olho mesmo é nos preços baixos.

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1 – Banimento da Huawei pelos EUA mexe com o mercado de smartphones mundo afora

E entre os acontecimentos mais importantes do mundo da Tecnologia em 2019, o boicote à Huawei pelo governo dos EUA, sem dúvida, foi o mais importante. Sim, porque a proibição da fabricante chinesa de negociar com empresas norte-americanas, determinada pelo governo Trump – por uma nunca provada acusação de espionagem – bagunçou a vida de meio mundo – incluindo o Brasil.

No caso da Huawei, o boicote estancou o seu crescimento no mercado de smartphones no Ocidente. Se a empresa nada de braçada entre os consumidores chineses, deste lado do mundo, ela começava a ganhar corpo. No Brasil, por exemplo, depois de uma longa ausência, a Huawei lançara os ótimos P30 Pro e o P30 Lite em abril e com promoções agressivas, para construir sua base de usuários . Mas depois de ser incluída na lista de Trump, nenhum outro aparelho chegou por aqui e também a outros países ocidentais.

Isso acontece por a Huawei depende de empresas norte-americanas para ter em seus smartphones, softwares que são extremamente populares por aqui. Ela precisa do Google, tanto para as licenças e atualizações do Android, quanto para serviços como Gmail, Maps e um dos mais importantes: a loja de apps Play Store. Além disso, seus aparelhos também não teriam acesso aos aplicativos do Facebook, Instagram e, o mais grave de todos: o WhatsApp. E isso para ficarmos apenas no mercado mobile. O boicote atingiu ainda o seu mercado de notebooks, já que a empresa não poderia mais negociar com a Microsoft para comprar licenças de Windows.

Como se não bastasse, o banimento ainda causa problemas à companhia na hora de vender sua infraestrutura de 5G, mais avançada e barata que a de rivais como Nokia, Siemens e Ericsson, pelo mundo. Isso porque é nessa área que Trump e sua turma acusam a companhia de realizar de espionagem para o governo chinês (sempre lembrando: sem provas). E para dificultar, os EUA ameaçam com sanções de inteligência, países e operadoras locais que se propõem a incluir a Huawei em suas licitações para a compra dos equipamentos que darão origem a suas redes de internet móvel de quinta geração.

O problema é que esse banimento prejudica não apenas a Huawei, mas também as próprias empresas norte-americanas, que tinham na chinesa um ótimo cliente para seus produtos. Com isso, o governo Trump começa a dar, de forma gradual, autorizações para que as companhias dos EUA voltem a fazer negócios com a fabricante. De acordo com Wilbur Ross, secretário de comércio do governo dos Estados Unidos, cerca de 290 pedidos desse tipo foram submetidos ao departamento desde que essa possibilidade foi aberta. Em meados de novembro, as primeiras autorizações começaram a ser enviadas… assim como as cartas de negativas.

Sim…esse assunto ainda vai longe…

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Fonte: Canaltech

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