A busca por uma solução energética sustentável, individual e mais barata, está em alta em todo o mundo. No Brasil, de 2017 para cá, houve um salto de instalação de paineis solares, de 7,4 mil para 49 mil unidades, com um aumento de impressionantes 560%.
A tendência deve continuar e, se depender de uma nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade da Flórida Central, promete expandir mais rapidamente em médio prazo: eles trabalham em um spray, com auxílio da inteligência artificial (IA), que pode transformar qualquer superfície nas chamadas “células solares perovskite” (PSC, na sigla em inglês), capazes de tranformar luz solar em energia — assim como os tradicionais paineis solares de silicone.
A descoberta dessa possibilidade foi realizada já há uma década e vem sendo usada em certas rodovias e telhados, mas agora, com a ajuda do aprendizado de máquina, é possível alimentar um sistema com dados, para que o computador encontre a melhor receita para a o líquido que vai para o spray.
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Ainda há alguns anos de pesquisa pela frente
O material usado no PSC converte energia fotovoltaica em energia consumível e pode ser processado no estado sólido ou líquido, oferecendo muita flexibilidade. Imagine poder pintar pontes, casas e arranha-céus com uma tinta que converteria a luz solar captada em abastecimento para a própria rede elétrica da estrutura e de sua região. E isso pode ser aplicado até mesmo em uma escala bem menor, como em dispositivos móveis, a exemplo de um smartwatch.
Até agora, a indústria de células solares contava apenas com silício devido à sua eficiência. Para usar amplamente o PSC, no entanto, é preciso superar uma barreira: os sprays são difíceis de fabricar em larga escala, de forma utilizável e estável. Os cientistas passam muito tempo tentando encontrar a receita certa para obter todos os benefícios — flexibilidade, estabilidade, eficiência e baixo custo. É aí que entra a IA.
Com isso, é preciso esperar mais um pouco, pois quanto mais informações o banco de dados da IA puder contar, mais o sistema poderá oferecer respostas ideais para cada solução. Isso deve levar mais alguns anos, contudo, o avanço da pesquisa promete trazer o “spray solar” mais rápido do que imaginamos.
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Fonte: Canaltech