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Criptografia contida em criptomoedas é inspiração para incrementos e desenvolvimentos em segurança digital

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Segurança em si é um dos princípios mais importantes da sociedade como a conhecemos, explicitada pelas lições do filósofo e teórico político Thomas Hobbes no século XVII, e posteriormente por Jean-Jacques Rousseau no século seguinte. Afinal sacrificamos parte da nossa liberdade natural em prol de uma liberdade “social” que permita a proteção de nossas vidas como indivíduos e como coletivo, organizando sociedades que sob a égide de deveres e direitos nos deem garantias básicas sobre o seguimento de nossas vidas sem sobressaltos causados por outrem.

Um princípio semelhante pode ser visto no meio digital, com as questões de criptografia e segurança que fazem parte deste ambiente desde sua origem. Os princípios da criptografia que Alan Turing e outros “pais” da computação ajudaram a desenvolver, decifrando códigos em mensagens legíveis no século passado, são hoje a base dos processos que fazem funcionar meios de comunicação de bolso e de mesa.

A criptografia e a segurança são importantíssimas em atos como investir em Ethereum e outras criptomoedas, algo que tem sido cada vez mais comum nos tempos atuais. Entre as criptomoedas, o Ethereum se destaca por não só ser um excelente ativo financeiro, oferecendo a possibilidade de negociação através de moedas e de contratos futuros atrelados ao valor de outras moedas digitais e tradicionais; mas também por ser um ativo digital que graças à uma linguagem própria de blockchain chamada de Solidity oferece um nível de segurança e acessibilidade superior às suas concorrentes.

Falando na famigerada tecnologia de blockchain, esta funciona como livros que gravam as transações realizadas através de uma moeda em específico. Os registros são feitos através de uma complicada criptografia que é decifrada a partir de uma enorme rede de máquinas interconectadas, que ao mesmo tempo garantem a segurança do processo e a veracidade da moeda em si.

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Esse é um motivo pelo qual a tecnologia de blockchain usada pelo próprio Ethereum é algo que tem gerado cada vez mais atenção de grandes “players” do mercado de tecnologia. Além do Ethereum servir como meio de troca e reserva de valor, a tecnologia que envolve as transações que usam a moeda é inspiração para companhias como Microsoft e Intel criarem soluções próprias e também externas para negócios, uma vez que essa base é extremamente segura.

A criptografia também tem grande serventia para indivíduos, ainda mais no contexto atual de cada vez mais importância e valorização aos nossos dados pessoais. Enquanto o investimento em criptografar máquinas pessoais pode ser visto como algo complexo e custoso à primeira vista, este é um investimento que vale muito a pena para quem quer evitar dores de cabeça com vazamentos de dados e afins.

O mesmo pode ser dito para a criação de um servidor caseiro. Num contexto onde soluções em nuvem são cada vez mais famosas e também acessíveis, pode não se ver muita lógica em investimento como esse. Entretanto, no longo prazo este pode ser uma opção mais barata e até mais segura do que a contratação de um serviço na nuvem, além da possibilidade de usar o servidor para “minar” criptomoedas caso a sua configuração assim o permita.


Mas o mais óbvio beneficiário da criptografia e da segurança que ela provém é o meio empresarial. Se os nossos dados pessoais são valiosos, “segredos” de negócio como patentes, informações financeiras e afins são quiçá ainda mais. Por isso que companhias não só de grande porte, mas também pequenos e médios negócios têm investido cada vez mais em tecnologias como essas, a fim de evitar futuras dores de cabeça.

Por essas e outras que a comparação entre a sociedade civil como conhecemos e a sociedade digital que fica cada vez mais evidente é uma boa colocação. Em ambas se vê a necessidade de sacrificar parte da nossa liberdade quase completa que a internet oferece em prol de maior segurança para que as redes não virem um “free for all”, onde o perigo se encontra quase sempre à espreita.

Nisto perdemos recursos financeiros, liberdades de escolha de provedores e até velocidade de conexão, com websites cada vez mais pesados por conta das criptografias por trás de seu funcionamento. Mas tudo isso vem por um bem maior, que é a garantia de um ambiente seguro para todos aqueles que frequentam as redes.