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Muito referenciados na cultura pop, dos heróis aos vampiros, os morcegos têm ganhado destaque com o passar dos anos. Mas é chegado o período de reprodução desses animais, quando eles saem de seus abrigos em direção às áreas urbanas, acendendo um alerta para nós, humanos. O morcego é um dos principais portadores do vírus da raiva, doença que pode ser fatal.
Nos centros urbanos com grande contato com a natureza, como Rio de Janeiro, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, ou na ilha de Marajó, no Pará; costuma haver o registro de mais de 100 casos de captura de morcegos. Em Campo Grande, por exemplo, até fevereiro de 2025, a prefeitura contabilizou mais de 100 ocorrências, sendo que 3 animais estavam infectados.
Desde o começo do ano, a central 1746, da Prefeitura do Rio, catalogou 507 ocorrências de invasão de propriedade por morcegos. O número representa a média de 2 casos por dia, e um aumento de 80,42% em relação ao ano passado, quando foram contabilizados 281 acontecimentos. É preciso lembrar que estes registros se devem ao fato da população estar mais consciente do que fazer nesta situação.
De acordo com a pesquisadora do Laboratório de Ecologia de Mamíferos da UERJ, Elizabete Captivo, a principal causa dos morcegos invadirem as residências é a perda de seu habitat natural pela ação humana.
A ação costuma ser passageira. Os morcegos chegam, comem e depois vão embora. Casos em que eles buscam abrigo nas residências são mais raros, mas ainda podem acontecer. Se o animal entrar na residência, a pesquisadora passa as indicações de como agir.
Lembrando que não podemos, de maneira alguma, tocar nos morcegos. Outra recomendação é manter os animais domésticos longe dos morcegos, pois eles podem entrar em contato direto e ser infectados. A transmissão do vírus pode ocorrer pela mordida, por arranhões ou pelo toque na pele do morcego, que se limpa com a própria saliva.
Por isso, é recomendado fechar as portas e janelas durante a noite, ou fazer uso de telas. E se um morcego já estiver dentro da residência, o mais correto é manter a calma e chamar o centro de zoonoses para coletar o animal. E não se preocupe com a assepsia do local onde ele pousou. Basta água sanitária e tudo volta ao normal. Se tiver um acúmulo grande de fezes ou urina, aí sim é preciso buscar cuidados especiais.
*Sob supervisão de Fábio Cardoso
João Barbosa* – Estagiário da Rádio Nacional , .
Fonte: Agencia brasil EBC..
Wed, 24 Sep 2025 10:59:00 -0300