Após fala das defesas, julgamento do núcleo 3 é suspenso

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou as sustentações orais dos advogados dos réus do Núcleo 3 do plano de golpe, nesta quarta-feira (12).

A votação dos ministros ficou para semana que vem, como anunciou o ministro Flávio Dino, que é presidente da turma.

Saiba quem são os acusados e por quais crimes são julgados

O primeiro advogado a falar foi Jeffrey Chiquini, do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, acusado de liderar o plano de execução de autoridades.

O defensor afirmou que Rodrigo não participou do planejamento, do monitoramento e nem da execução. Ele reclamou muito da falta do laudo do celular de Azevedo, apreendido pela Polícia Federal. E disse que não recebeu os dados das antenas de celulares.

Lissandro Sampaio foi o segundo advogado na tribuna. Ele defendeu o tenente-coronel Ronald de Araujo Junior e disse que seu cliente não é “kid preto” e que nunca foi convidado para participar de nenhuma reunião sobre o plano de incitação, e não atuou na divulgação de uma carta para pressionar generais.

No caso de Ronald, a PGR retirou as acusações mais graves e pediu apenas condenação por incitação ao crime. O que a defesa aceitou.

O advogado Igor Laboissier, do tenente coronel Sérgio Cavaliere de Medeiros, pediu a absolvição do cliente ou, no máximo, a mesma situação de Ronald. Ele afirmou que Sérgio não é kid preto e não participou da elaboração nem assinou a carta, apenas repassou para 2 superiores.

Por fim, Sérgio William dos Anjos, advogado do policial federal Wladimir Matos Soares, criticou a investigação. O agente é acusado de repassar informações sobre a segurança do presidente Lula durante a transição de governo.

Sergio Willian disse que o destinatário das mensagens de Wladimir não foi investigado e que ele foi requerido para missão de segurança de Lula.

O julgamento está previsto para ser retomado nos dias 18 e 19 deste mês.