Em comunicado oficial, a Netflix revelou nesta terça-feira (23) que está levantando mais de US$ 2 bilhões para cobrir dívidas resultantes da produção de conteúdos originais, além de outras despesas não especificadas. Em outubro do ano passado, a companhia de streaming de vídeos também levantou valor similar pelo mesmo motivo.
De acordo com a empresa, o financiamento será usado para fins gerais, o que inclui “aquisições de conteúdo, produção e desenvolvimento, gastos de capital, investimentos, capital de giro e potenciais aquisições e transações estratégicas”.
Para se manter à frente da concorrência e continuar líder do mercado de streaming audiovisual, a Netflix acredita que investir em uma quantidade ainda maior de conteúdos originais é a melhor estratégia para ela seguir gerando receita nos próximos anos. Afinal, esses conteúdos não podem ser encontrados legalmente em nenhuma outra plataforma, e a Netflix não tem assinaturas gratuitas — ou seja, para assistir a seus filmes e séries originais de maneira legal, a única maneira é pagar por uma assinatura.
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Em 2019, o orçamento destinado a conteúdos da Netflix deve chegar a US$ 15 bilhões, sendo que, em janeiro, a empresa informou que este será o ano em que seu aumento de caixa atingirá o pico. A Netflix tem uma dívida de longo prazo de cerca de US$ 12,3 bilhões e, até o momento, a empresa não teria pagado ainda nenhuma quantia verdadeiramente significativa desse total, apontou a Variety. Com mais este financiamento de US$ 2 bilhões, as dívidas da empresa aumentam — mas tudo isso faz parte de sua estratégia.
Aos investidores, a Netflix disse o seguinte: “Enquanto julgarmos que nosso custo marginal de dívida após os impostos será menor do que nosso custo marginal de capital, continuaremos a financiar nossas necessidades de capital de giro através do mercado de alta rentabilidade”.
Vale lembrar que o mercado de streaming de vídeos está ganhando concorrentes peso-pesado, como o Apple TV+ e o Disney+ — que pretendem abalar a soberania da Netflix; por isso a empresa precisa investir ainda mais, ainda que fazendo dívidas de longo prazo, se quiser se manter competitiva com variedade de conteúdo para todos os públicos.
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Fonte: Canaltech