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Logística impediu jogo pelo feminino como preliminar de Corinthians e Flamengo

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Logística impediu jogo pelo feminino como preliminar de Corinthians e Flamengo - 1

No último domingo (21), uma coincidência curiosa chamou atenção das duas maiores torcidas do Brasil. Rivais na 11ª rodada da Série A – ​duelo que terminou empatado em 1 a 1 em Itaquera -, Corinthians e Flamengo também se enfrentaram no mesmo dia, duas horas antes (14h), pelo Brasileirão Feminino. A agenda comum levantou alguns questionamentos sobre o porquê de não fazer a partida do feminino como ‘preliminar’ do masculino, na própria Arena Corinthians, algo que acontecia corriqueiramente nos anos 80/90.

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​​Como destaca o ​Blog Dibradoras, a questão parece simples, mas não é. Envolve uma série de fatores logísticos, comerciais, protocolares e estruturais, explicados detalhadamente por Arthur Elias, treinador do time feminino do Corinthians.

“Antigamente, o aquecimento não era feito no gramado. Naquela época, a gente terminava o jogo feminino faltando 20, 30 minutos para começar o masculino. Além disso, hoje você tem várias dificuldade estruturais para realizar isso. Primeiro que por questões comerciais, placas de publicidade e etc, você tem que ter o gramado liberado uma hora antes do jogo principal. Se a gente for falar da estrutura do futebol feminino, para um jogo masculino que começa 16h, teria que começar o jogo delas às 13h (…) A estrutura de vestiários também é importante, se a gente estiver falando de Brasileirão feminino, obviamente que a gente quer dar o mesmo conforto pra todas as equipes participantes, então nós ficaríamos restritos a arenas que tenham pelo menos quatro vestiários, explicou.

O respeito ao protocolo em torno de partidas válidas por campeonatos de maior expressão consome horas, o que praticamente inviabiliza, hoje, a adoção de jogos femininos como preliminares de jogos do masculino. Pensando no horário padronizado da TV (16h), as meninas teriam que entrar em campo cerca de três horas antes, sendo expostas ao calor e horário de teórico sol à pino. Este debate gera divergências entre dirigentes e demais pessoas envolvidas/entusiastas do ​futebol feminino: há quem veja este arranjo por uma medida válida e importante para expansão e valorização da modalidade, enquanto outros creem que a busca pelo público do masculino gera ‘dependência’.

Crédito da foto de cobertura: Bruno Teixeira/@Corinthians

Fonte: 90min

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