Com a ajuda de audiodescrição e intérprete de libras, deficientes auditivos e visuais acompanharam o jogo entre Brasil e Bélgica, no Memorial da Inclusão- Ludmilla Souza/Agência Brasil
“A ideia de ter acessibilidade aos jogos surgiu em Carlos, junto com seu guia, o Hélio. A ideia foi crescendo, as pessoas surdocegas também querendo ter o mesmo acesso, e como boas ideias precisam ser difundidas, hoje estamos aqui, fazendo essa Copa inclusiva em que pessoas com ou sem deficiência podem estar juntas, curtindo o jogo. O futebol movimenta o Brasil e a Copa, o mundo todo, e as pessoas com deficiência não podem ficar de fora”, defendeu a coordenadora de desenvolvimento de programas da Secretaria do Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Lara Santana.
O professor Edvaldo Paes da Gama acompanhou o jogo, pela primeira vez, com o auxílio da guia com o campinho tátil. Deficiente visual desde os dois anos de idade, ele gostou da inovação.
“Foi algo ímpar, fantástico. Vim para conhecer como seria a transmissão do jogo com o recurso da audiodescrição, acompanhei um pouco. Pelo pouco de acompanhei, percebi que a audiodescrição é melhor do que a narração esportiva televisiva, mas ainda não chega aos pés da aproximação que o campo tátil traz daquilo que acontece de fato no campo. Faz com que a gente consiga sentir as emoções dos quase gols, toda a vibração, dá para perceber isso de forma muito clara”, descreveu o professor.
Gama contava com uma virada do Brasil, mas gostou da atuação da seleção brasileira. “Apesar do Brasil ter perdido acho que foi um bom jogo, especialmente no segundo tempo o Brasil foi para cima, fez várias tentativas, só não foram concluídas porque o goleiro belga é muito bom, mas foi um bom jogo.”