Vivendo um ano conturbado esportivamente, financeiramente e administrativamente, o Cruzeiro encara uma situação bastante incomum para um clube tão popular, de grande torcida. Apesar das arquibancadas do Mineirão seguirem com bom preenchimento em jogos da Raposa – ainda mais considerando a posição do clube na tabela -, a gestão celeste não esconde sua preocupação com a queda vertiginosa de seu quadro de sócios.
Como destaca o Globoesporte, a Raposa iniciou a temporada com um número aproximado de 50 mil sócios-torcedores, número bom, mas que o clube mineiro já considerava abaixo de seu potencial. Hoje, de acordo com o gestor de futebol celeste Zezé Perrella, esse número não passa dos sete mil, o que representa uma queda superior a 80%.
“O Cruzeiro recebe menos de R$ 600, R$ 700 [mil] por mês de renda de jogos. A situação do time, com essas incertezas todas, com essa maré que o Cruzeiro entrou, o sócio que o Cruzeiro chegou a ter 60 mil, está em pouco mais de seis mil. Tudo é consequência que o Cruzeiro fez. Essa queda esse ano. Divisão errada na política de ingressos”, afirmou.
Para 2020, o profissional planeja alterar a política de ingressos que existe atualmente no clube, dando a entender que os chamados ‘ingressos populares’ perderão espaço: “Hoje, você vende um sócio torcedor e coloca amanhã o ingresso a R$ 10, que política é essa? (…) O torcedor tem que entender que futebol é caro, e a maneira de o torcedor ajuda o Cruzeiro hoje, se ele acredita nessa gestão, é que ele invista no sócio torcedor”, concluiu.
Fonte: 90min