A China começou fazer os primeiros testes clínicos de uma de suas candidatas a vacinas para o novo coronavírus (SARS-CoV-2) e, em uma corrida contra o tempo, outros países também se apressam para iniciar a aplicação em humanos ainda este mês. Enquanto várias outras soluções continuam em estudo em todo o mundo, os cientistas brasileiros também buscam imunização à COVID-19. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou que tem uma proposta em desenvolvimento.
O comunicado veio junto com a visita técnica do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que acompanhou de perto os esforços da equipe da universidade. A UFMG conta atualmente com 30 projetos em prática e atualmente usa sete laboratórios para as pesquisas em torno de uma vacina e medicamentos no combate à COVID-19.
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Além da produção de álcool gel e de estudos sobre o uso da cloroquina, os cientistas estão realizando o sequenciamento do DNA de várias versões do novo coronavírus. “O que temos feito é coletar toda a informação genética dos vírus, para entender de onde eles vieram para dentro do Brasil e para onde estão se espalhando”, explica o professor de genética Renato Santana.
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O próximo passo é manipular uma solução que possa dar início às primeiras observações. “Uma vez construído esse vírus modificado, que a gente chama de vírus recombinante, os testes em animais devem começar em breve”, comenta Santuza Teixeira, coordenadora do Centro Tecnológico de Vacinas da UFMG.
A previsão agora é que essa candidata a vacina inicie os testes em animais em dois meses. Caso sejam bem sucedidos, necessitam da aprovação para o começo das aplicações em humanos. Não há uma projeção para a possibilidade de distribuição em massa, pois é preciso que todas as avaliações e revisões sejam bem-sucedidas. Mas o fato de termos o desenvolvimento de uma solução por aqui também é importante na luta contra a COVID-19.
Fonte: Canaltech