Carreira & Educação

5 exemplos da diminuição de jornada de trabalho ao redor do mundo




Divulgação

Há países que contam com jornadas de trabalho menores do que as praticadas no Brasil; outros, mesmo com a média próxima, têm remuneração maior e mais benefícios.

Trabalhar em escritório pode ser muito estressante: de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é a nação mais ansiosa das Américas e um dos mais depressivos.

Os dados fazem sentido quando pensamos sobre a rotina de boa parte dos trabalhadores: além do mínimo de oito horas diárias de trabalho, existem as horas extras, o tempo médio de deslocamento, o estresse cotidiano e a pressão para gerar lucros ou produzir.

As 40 ou 44 horas de serviço semanais, tão costumeiras para os profissionais brasileiros, seriam atípicas para trabalhadores de outros lugares do mundo.

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre a jornada de trabalho de diversos países. Confira!

Países com jornadas de trabalho menores

Holanda

A Holanda é campeã em múltiplos sentidos: pesquisas da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) apontam que as crianças holandesas são as mais felizes, o país é reconhecido pela ONU como um dos dez melhores para se viver, e, além de tudo, os locais trabalham cerca de 30 horas por semana.

Segundo o Gabinete de Estatísticas da União Europeia, o Eurostat, a Holanda tem a maior taxa de indivíduos trabalhando meio período em toda a União Europeia (UE), em empregos considerados agradáveis. Ao contrário do que se pode imaginar, a precariedade no mercado de trabalho não é uma realidade comum.

A renda média da Holanda é de € 2.400, maior do que a renda média de países como Portugal.

Como nem tudo são flores, no entanto, existe uma discrepância significativa entre a renda média de homens e a de mulheres na Holanda. Espera-se que, com o passar do tempo e o avanço das conquistas femininas, isso possa mudar.

Dinamarca

O trabalhador dinamarquês tem o costume de, após a jornada de trabalho, aproveitar as opções culturais do lugar onde vive, sair com a família e descansar.

Isso não é tudo: parte das pessoas empregadas na Dinamarca tem direito a: cinco ou seis semanas de férias por ano, até um ano de licença-maternidade ou paternidade paga e boa remuneração.

A jornada de trabalho anual é de cerca de 1.540 horas, ou seja, 300 horas a menos do que a do trabalhador médio americano.

Alemanha

O limite de trabalho na Alemanha é de 35 horas por semana, embora os trabalhadores tenham a possibilidade de negociar o aumento da carga horária.

Os profissionais das indústrias metalúrgica e eletrônica, por sua vez, podem reduzir temporariamente a sua carga de trabalho para até 28 horas semanais, em caso de necessidade.

Essa é uma opção oferecida àqueles que desejam trabalhar menos por até dois anos, desde que aceitem receber um pouco menos para tal. Ainda assim, compensa, uma vez que o salário médio mensal da Alemanha é de R$ 14 mil — cerca de € 3 mil.

Austrália

Existem três classificações de trabalho na Austrália: meio período, integral ou casual.

Trabalhos de meio período devem ser realizados em menos de 38 horas por semana; os integrais, por sua vez, devem ter jornada maior.

A vantagem está na remuneração: todas as empresas devem pagar aos contratados o salário mínimo exigido por lei, que ultrapassa os A$ 18 (dólares australianos) por hora. Isso dá cerca de US$ 720 setecentos e vinte por semana, o que possibilita viver com boa qualidade de vida.

França

O teto francês é de 8 horas por dia, mas há discussões sobre a possibilidade de aumentar esse tempo.

Existem diversos trabalhadores que têm jornada de 35 horas semanais, no entanto, boa parte dos profissionais começa a trabalhar com idade mais avançada do que no resto do mundo.

A idade da aposentadoria francesa é uma das menores da Europa, o que também se mostra favorável à qualidade de vida e ao bem-estar da população.

 

Continua após a publicidade..