Alagoas inicia censo da população em situação de rua

Quantas pessoas estão em situação de rua em Alagoas? Quantas desejam uma moradia própria e quantas optariam pelo aluguel social? Onde estão e quais são suas necessidades prioritárias? Estas são algumas perguntas do Censo que o Governo do Estado de Alagoas está fazendo com a população de rua de Maceió. Além dos bairros da capital, o levantamento também será realizado nas cidades do interior.

O Censo faz parte do Plano Integrado de Acolhimento de Pessoas em Situação de Rua e vai traçar o perfil dessa população e embasar a formulação de políticas públicas mais eficazes.  Entidades do Governo do Estado, do Ministério Público e da Defensoria Pública Estadual e do Movimento Nacional da População em Situação de Rua construíram juntos o questionário. O Governo de Alagoas estima que existam quase 5 mil pessoas em situação de rua no estado; três mil somente na capital, segundo dados do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. 

As pessoas que vivem nas casas de acolhimento, coordenadas pelo Estado, estão sendo as primeiras a responder ao questionário de 81 perguntas que vão, desde a formação escolar e profissional, informações sobre saúde e se sofreram algum tipo de violência, passando por questões mais humanizadas sobre, por exemplo, como chegaram até a situação atual de falta de moradia e se querem voltar para sua cidade de origem.

Os dados do Censo serão disponibilizados ao público por meio do Observatório da População em Situação de Rua em Alagoas e ajudarão no direcionamento das políticas públicas. 

Em paralelo, a gestão estadual aumentou o número de vagas nas casas de acolhimento de 160 para 480, ampliou o número de moradias definitivas e instituiu o aluguel social no valor de R$800. A Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social também está com um chamamento público para selecionar ONGs que queiram oferecer o serviço de acolhimento. O edital está disponível em assistenciasocial.al.gov.br.