Comportamento

Como combater a intolerância religiosa?




MF Press Global


Uma pesquisa sobre intolerância, realizada pelo Instituto Ipsos Mori em 27 países, aponta o Brasil como 7º país mais intolerante dentre estes, no âmbito político, religioso ou social. A pesquisa aponta que um dos motivos é que discursos racistas e de ódio, que há alguns anos eram combatidos, passaram a ser bem vistos, e assumidos, por uma parcela considerável de usuários das redes sociais, disseminando este tipo de conteúdo.

Na visão do sacerdote e médium paulista Alan Barbieri,  fundador do Templo Escola Casa de Lei, que também é graduando em psicologia, acredita em estratégias que consideram o viés psicológico para combater a intolerância religiosa, apelando para o lado racional, através de argumentos, e crendo que o melhor combate é o diálogo e a informação: “Cabe aos líderes de cada uma das religiões começarem a propagar o bem entre as pessoas, incentivando o contrário do preconceito e discriminação, através de diálogos e discursos que promovam a paz e o respeito mútuo”.

Reflexos da intolerância

O sacerdote também aponta que muitas vezes, o preconceito e a intolerância não são explícitas, mas podem ser sentidas: “Na maior parte dos casos o preconceito e a intolerância é velada, até por conta de hoje ser crime, logo as pessoas ponderam mais seus julgamentos na hora de falar em público, mas não mudam sua mentalidade. Mas o umbandista sofre, muitas vezes, no seu ambiente familiar, no seu ciclo de amizades, na empresa que trabalha ou em uma entrevista de emprego, crianças na escola ou jovem na faculdade. Você pode dizer: Sou católico, evangélico, budista, judeu, etc. Mas dizer que é umbandista pode ser uma ameaça ao bem estar social, na visão de alguns”, conclui.

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