Comportamento

Entenda a diferença entre amor e paixão




Quem nunca se pegou envolvido em um suspiro prolongado, em um sorriso perdido ao longo do dia ou cantarolando aquela canção especial, a qual não sai da cabeça por nada? E detalhe: alguém percebe essas ações e solta: “e essa cara de apaixonado?”. Na mesma hora, sem jeito, você desconversa e finge que não entendeu o comentário.

É, pode não saber, mas sim, esses são alguns dos sintomas da paixão. Ela é intensa, domina e te faz perder o controle. Enquanto o “gostar” e o “estar encantado por alguém” continuam, é tudo mais leve, porque não existe cobrança de nenhuma das partes. Tudo segue a ordem natural dos fatos, sem criar aquela ideia de encontro perfeito, surpreender o outro ou de fazer marcação cerrada com ele. Entretanto, a partir do momento que o famoso “friozinho no estômago” se intensifica, os sentimentos seguem o mesmo barco.

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No início, é comum remar contra a maré. Apaixonar-se é o lado bom da vida e o princípio do amor, afinal, tudo tem um começo — até mesmo quando a jornada é longa.

As pessoas costumam tirar sarro da cara que os apaixonados fazem, porém só eles sabem o que se passa dentro deles. É um misto de prazer e agonia; medo e harmonia. É uma teia sem fim, a qual deixa qualquer um assustado e sem chão.

O ato de perder a serenidade e a sensatez da situação, torna a paixão errada. Contudo, existe certo e errado em apaixonar-se por alguém?

Foto: Reprodução/Gshow/I Love Paraisópolis

Paixão de cinema é fugaz, porque é tão avassaladora, que tem hora para começar e para acabar; paixão de novela envolve três pessoas e alguém sempre sai ferido; paixão literária é aquela que te faz querer ir à famosa Carolina do Norte, do Nicholas Sparks, só para sentir como é bom dar asas à imaginação; paixão de aplicativo é aquela, a qual desperta a curiosidade em conhecer o novo e ainda permite você a se encantar por alguém que nem conhece; paixão de aluguel parece irreal, mas existe e é comum em quem gosta de apaixonar-se várias vezes até evoluir ao estágio de amor; e tem a paixão que é clássica, pois acontece sem avisar e o surpreende quando tudo parece distante e, de repente, passa a ter sentido outra vez.

O errado disso tudo está na forma de ver e não de sentir os fatos. Às vezes, interpreta-se algo o qual não existe; cria-se expectativa naquilo que nunca foi prometido; cobra-se um sentimento que não é compartilhado; faz cena de novela por algo que nem na ficção aconteceria; e, por fim, diz que é culpa do outro por não ver o quão especial você é.

Todos somos especiais e aquela tal história que cada um tem a sua tampa da panela é a mais pura verdade. Cabe ao tempo mostrar isso e unir o utensílio ao seu suporte indispensável.

E quanto ao sentimento, isso não se cobra, porque é algo individual. Não tem como decidir e controlar o que se passa no coração do outro. E, a partir do momento que um mesmo sentimento é compartilhado, ao decorrer da vida, ele evolui e torna-se amor.

Amor nada mais é do que um conjunto de sentimentos adquiridos e estimulados ao longo de um relacionamento. Quando existe carinho, respeito, compaixão, compreensão, ajuda, equilíbrio entre a razão e a emoção, confiança, aquela preocupação marota com o outro, os suspiros comedidos e sem fim — juntos ou separados da tal alma-gêmea, a vontade de surpreendê-lo a cada instante e, por fim (que também pode ser um começo), a cumplicidade em dividir os segredos, além do encaixe perfeito nos momentos íntimos, pronto! Tem-se o amor.

E lembre-se: a paixão te faz conversar com os olhos, mas é o amor que mantém o diálogo com o resto do corpo, principalmente, com o coração.

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