Comportamento

Excesso de pintas pode indicar riscos à saúde




Foto: Reprodução/Divulgação

Quantas pintas e sinais você tem no corpo? São poucos ou muitos? Neste ‘Dezembro laranja’, os dermatologistas alertam: é preciso ficar de olho nas pintas na pele e tomar diversos cuidados para evitar que elas aumentem, em tamanho e em quantidade. Geralmente, pintas, sardas ou sinais surgem por dois fatores: herança genética e excesso de sol. Uma grande exposição aos raios solares pode causar câncer de pele. Por isso, além de caprichar no uso diário de filtro solar, quem tem muitos sinais na pele precisa visitar o dermatologista de uma a duas vezes ao ano para fazer um rastreamento e avaliar o tamanho e aspecto dessas pintas. O exame é simples e feito em consultório. Em casos suspeitos, o médico pode colher material para biópsia.

Algumas pessoas são mais suscetíveis ao câncer de pele que outras. Um dos fatores que fazem diferença é a cor da pele. “Indivíduos com predisposição genética e aqueles com a pele, os cabelos e os olhos muito claros acabam desenvolvendo mais pintas no decorrer da vida por tolerarem pouco a exposição solar. Com isso, têm mais risco de adquirir câncer de pele”, aponta o dermatologista José Jabur da Cunha, especialista em câncer de pele, da Alta Casa Clínica Médica, na capital paulista.

Existem alguns tipos de tumor. O mais agressivo é o melanoma. Nas fases iniciais, ele se parece com uma pinta comum mas, ao se desenvolver, assume características bem diferentes. “É por causa do melanoma que nós, dermatologistas, estamos sempre de olho nas pintas, porque o tumor, quando em fase inicial, se parece muito com uma, mas na verdade não é. Para diferenciar uma coisa da outra é que deve ser feito o exame dermatológico com regularidade e, quando necessária, uma biópsia”, ressalta o especialista.

No entanto, o câncer de pele não é exclusividade das peles mais claras; negros também correm risco. Em indivíduos de pele negra, o melanoma aparece mais frequentemente nos pés e nas mãos. “Muitas vezes é uma mancha escura ou preta que aparece nos dedos ou na região palmar e plantar e vai crescendo com o passar dos anos”, informa o dr. Jabur.

Apesar de bastante agressivo, o melanoma não é tão frequente e responde por somente 3% dos casos de câncer de pele. Porém, como diferenciar uma pinta comum de um melanoma? A resposta não é tão simples e só pode ser dada com precisão por um dermatologista. Mas alguns aspectos podem chamar atenção: mudança de tamanho, mudança de cor ou de formato das pintas, além de algum outro sintoma associado, são suficientes para acender o alerta. Há ainda os ‘critérios ABCD’, que podem ajudar na identificação de alguma pinta suspeita:

A – Assimetria: quanto a pinta é assimétrica em dois ou mais eixos;

B – Bordas: quando as bordas são irregulares, ou seja, a pinta não é redondinha e regular;

C – Cores: quando a pinta tem mais cores além dos tons de marrom;

D – Diâmetro: de um modo geral, quando têm seis ou mais milímetros de diâmetro.

Além dos melanomas existem os carcinomas, que são bem mais frequentes, principalmente em pessoas com mais de 60 anos e pele clara. “Se pararmos para pensar, quase sempre conhecemos alguém mais idoso que já teve um carcinoma basocelular ou espinocelular e precisou operar”, explica o dermatologista, que complementa: “O carcinoma basocelular é o câncer mais frequente no mundo.

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